Eclosão de estágios dormentes de invertebrados aquáticos em áreas úmidas subtropicais e do semiárido brasileiro e suas implicações práticas na restauração ecológica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Vendramin, Daiane
Orientador(a): Stenert, Cristina
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biologia
Departamento: Escola Politécnica
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/12681
Resumo: Áreas úmidas intermitentes estão entre os ambientes mais diversos e ameaçados do mundo e são caracterizadas por ciclos de inundação e seca que influenciam a dinâmica de sua comunidade. Muitos invertebrados aquáticos adotam a produção de estágios dormentes como uma estratégia para resistir ao período de estresse hídrico. Ao cumprir a função de reserva ecológica, os estágios dormentes auxiliam no restabelecimento da comunidade após a inundação, podendo ser utilizados em iniciativas de restauração de áreas úmidas degradadas. Neste contexto, o objetivo geral da tese foi avaliar a dinâmica de eclosão de estágios dormentes adotadas por invertebrados aquáticos em áreas úmidas subtropicais e do semiárido brasileiro, bem como analisar as implicações práticas de se utilizar essa comunidade em iniciativas de restauração de áreas úmidas. Para tanto, este trabalho utilizou a metodologia ex situ de hidratação de sedimento seco, com fotoperíodo, temperatura e oxigenação mantidos constantes. As amostras de sedimento foram coletadas em áreas úmidas intermitentes da Planície Costeira do sul do Brasil (12 pontos amostrais), em áreas úmidas intermitentes do semiárido tropical brasileiro (seis pontos amostrais) e na planície de inundação do Rio dos Sinos (oito pontos amostrais). Na Planície Costeira, os resultados demonstraram que a dinâmica de eclosão dos estágios dormentes é influenciada pela sequência de eventos de hidratação. No semiárido brasileiro, a variação de curto prazo na estrutura da comunidade de estágios dormentes ao longo de um período de hidratação mostrou que a dinâmica de eclosão do banco de ovos de invertebrados é composta principalmente por estratégias de eclosão tardia. Por fim, um estudo experimental com sedimentos de áreas úmidas da planície de inundação do Rio dos Sinos indicou o potencial de abordagens de transposição de sedimentos contendo banco de estágios dormentes para a restauração ecológica de áreas úmidas impactadas pela mineração. As conclusões da tese permitiram ampliar o conhecimento sobre a dinâmica de eclosão de invertebrados aquáticos em áreas úmidas subtropicais e semiáridas, auxiliando a propor estratégias de restauração e conservação de áreas úmidas brasileiras .