Internacionalização do RENMINBI: a percepção das empresas brasileiras em relação ao processo de internacionalização da moeda da China

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Quadros, Sérgio Edegar Girardi de
Orientador(a): Azevedo, André Filipe Zago de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Gestão e Negócios
Departamento: Escola de Gestão e Negócios
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/9116
Resumo: A China é a segunda maior economia do mundo e maior parceiro comercial do Brasil desde 2009. Nos últimos 10 anos (desde a crise financeira de 2008), houve uma intenção deliberada por parte do governo chinês para internacionalizar sua moeda por meio de uma abertura lenta e gradual da sua economia. No entanto, ainda se requer várias medidas para alcançar a mesma posição obtida pelo seu potencial rival, o dólar americano. O presente estudo foi realizado com o objetivo de compreender a percepção das empresas brasileiras em relação ao processo de internacionalização da moeda chinesa e seu uso nas transações entre os dois países. Para isso, foi realizada uma pesquisa qualitativa, de natureza exploratória, selecionando nove empresas representativas no relacionamento comercial com a China, através de uma amostragem teórica. A técnica de coleta de dados foi realizada através de entrevistas com base em roteiro de entrevista semiestruturada, elaborado com base na literatura revisada. A pesquisa mostra que a China é um grande parceiro estratégico das empresas brasileiras e que a adoção da moeda pelas empresas pode trazer benefícios econômicos, como aumento do comércio e redução dos custos de transação. A partir das entrevistas também foram identificadas algumas barreiras que convergem com a revisão da literatura, tais como questões de liquidez, confiança e independência da autoridade monetária chinesa. Outras barreiras relacionadas às diferenças culturais também foram identificadas. As empresas entrevistadas apoiam iniciativas relacionadas a fatores políticos e regulatórios, como a assinatura de acordos de cooperação financeira com a China e a adoção pelo Banco Central do Brasil da moeda Chinesa em suas reservas internacionais. Consideram importante a adesão do Brasil ao projeto “Rota da Seda”, permitindo às empresas brasileiras participarem dos negócios gerados pelo projeto e acesso a linhas de crédito de longo prazo para aquisição de equipamentos chineses. Por fim, este estudo apresenta sugestões de iniciativas e ações direcionadas às autoridades políticas visando estimular a realização de acordos de cooperação financeira com a China, diminuindo as barreiras para uso da moeda pelas empresas brasileiras, com o objetivo de aumentar o comércio e o volume de negócios entre os dois países.