“O que um não sabia o outro sabia, e assim fomos juntando nossos conhecimentos”: o PDG como metodologia ativa no desenvolvimento dos letramentos e na legitimação de comunidades de prática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Matias, Joseane
Orientador(a): Kersch, Dorotea Frank
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada
Departamento: Escola da Indústria Criativa
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
PDG
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/6308
Resumo: Produzir textos na escola é uma tarefa desafiadora, na medida em que é preciso levar os alunos a pensarem a escrita de forma significativa na sociedade da qual fazem parte, considerando a multimodalidade dos gêneros textuais, assim como o engajamento dos indivíduos em diferentes comunidades de prática. Esse desafio fica ainda maior quando envolve o uso da tecnologia, já que não se pode excluí-la da sala de aula. O gênero roteiro de documentário é uma possibilidade de promover a produção de textos aliada ao uso da tecnologia. Assim, o trabalho a ser apresentado teve como foco compreender a repercussão da adoção do Projeto Didático de Gênero como metodologia ativa, no processo de ensino e aprendizagem dos alunos, no tocante ao desenvolvimento dos letramentos e à construção de sua identidade dentro das comunidades de prática em que atua, quando esse dispositivo de ensino possibilita a legitimação de comunidades de prática em sala de aula. Dessa forma, também reforça a importância do papel do professor de Língua Materna como mediador do desenvolvimento dos letramentos, por meio da interação, inclusive em meios digitais, em uma perspectiva socialmente inclusiva e crítica. Como base teórica, o estudo apresenta a concepção social de aprendizagem, o conceito de comunidades de prática a partir de Wenger (2001), os estudos de letramentos, de acordo com Street (2008, 2012), Barton & Lee (2015), Kleiman (1995, 2007, 2014), bem como o Projeto Didático de Gênero enquanto dispositivo de ensino (Guimarães e Kersch, 2014, 2015), que tem como pano de fundo o Interacionismo Sociodiscursivo de Bronckart (2009). Por meio da análise das produções realizadas ao longo do projeto, foi possível perceber a evolução dos alunos no que se refere ao domínio do gênero e aos diferentes letramentos. Tais avanços não foram desenvolvidos individualmente, mas sim de forma coletiva. Por isso, foi possível avaliar que esses estudantes constituíram comunidades de prática, entendidas aqui como fundamentais para a construção dos conhecimentos que estiverem em jogo.