Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Sbaraini, Fabiana Leticia |
Orientador(a): |
López, Laura Cecília |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Vale do Rio dos Sinos
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
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Departamento: |
Escola de Humanidades
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/6211
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Resumo: |
O tema de pesquisa desta tese é a saúde indígena, pensada na trama de políticas, práticas e relações interculturais de cuidados em saúde. Neste sentido, a tese está direcionada a analisar as políticas em torno dos processos de Saúde/adoecimento/cuidado voltadas para a população indígena do estado de Roraima. Explorou-se densamente o microuniverso da Casa de Saúde Indígena de Boa Vista- CASAI-RR, com o intuito de expandir o olhar a outros contextos significativos, como o da implementação da Política Nacional de Saúde dos Povos Indígenas e o do próprio curso das políticas indigenistas no Brasil. O objetivo central da pesquisa foi o de analisar a articulação de políticas do ponto de vista da interculturalidade para pensar a saúde indígena, refletindo a partir dos diálogos e tensões entre atores sociais no contexto da CASAI-RR. Optou-se como delineamento da pesquisa a etnografia, porque ela possibilita interações de face a face, fortalecendo as relações interpessoais entre os atores sociais envolvidos na pesquisa. A pesquisa etnográfica era centrada nos gestores das políticas de saúde indígena, profissionais de saúde que atuam na CASAI e indígenas das diversas etnias os quais estavam em fase de tratamento, incluindo neste universo alguns pajés. Ao longo do processo de imersão no microuniverso da CASAI, tornou-se possível construir e reconstruir as práticas e concepções a respeito de saúde e doença, num processo contínuo, abrindo espaço à emergência de novos modelos de atenção à saúde, dando enfoque ao caráter relacional e nas múltiplas vozes que integram o cenário social pesquisado. No que concerne à construção de políticas públicas, estas têm sido permeadas por diálogos, negociações, conflitos, construções históricas e políticas de diferentes grupos socioculturais. Essa característica se acentua na construção da interculturalidade presente na saúde indígena, buscando favorecer espaços de diálogo entre distintas racionalidades e as práticas de saúde, as quais são um tema central na luta dos povos indígenas pela conquista de seus direitos em termos de acessos e serviços com qualidade. Estudos dessa magnitude se tornam essenciais para uma compreensão mais ampla sobre o discurso cultural, igualdade e reconhecimento da pluralidade étnica e cultural das sociedades, em especial, no contexto da atenção diferenciada à saúde indígena. |