Práticas colaborativas de pesquisa e desenvolvimento em pequenas e médias empresas: um estudo de casos múltiplos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Baggio, Daniela
Orientador(a): Wegner, Douglas
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Administração
Departamento: Escola de Gestão e Negócios
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/5436
Resumo: O presente estudo foi motivado por lacunas teóricas sobre a gestão de práticas colaborativas de pesquisa e desenvolvimento (P&D) no processo da inovação aberta (IA). As pequenas e médias empresas (PMEs) são consideradas relevantes no contexto econômico brasileiro, entretanto, enfrentam diversas dificuldades para se desenvolver, crescer e inovar no mercado quando atuam de forma individualizada. Com base nessa contextualização, a pesquisa teve como objetivo analisar como PMEs brasileiras realizam a coordenação das práticas colaborativas de P&D no processo da IA. Como objetivos específicos deste estudo estão: identificar os motivos para a adoção de práticas colaborativas; as dificuldades encontradas em sua implementação no que se refere à coordenação dos projetos; identificar como ocorre a gestão através dos mecanismos de coordenação de Grandori e Soda (1995); e, analisar a importância x desempenho dos mecanismos na coordenação nos projetos. Para tanto, foi realizado um levantamento teórico que enfocou tópicos referentes ao processo da IA, colaboração e os mecanismos de coordenação. Como estratégia investigativa optou-se por uma pesquisa qualitativa, através de um estudo de quatro casos em que ocorreram práticas colaborativas entre: empresa-fornecedor (P1); empresa-empresa (P2); empresa-cliente (P3), e, empresa-universidade-usuários (P4). Os dados foram obtidos através de entrevistas em profundidade e dados secundários. Como resultado da pesquisa conclui-se que os principais motivos para a adoção das práticas colaborativas estão vinculados a fatores motivacionais de caráter individual em complemento com fatores relacionados por motivações organizacionais e estratégicas. Entre as dificuldades encontradas em relação à coordenação dos projetos colaborativos foram identificados os seguintes: sistemas de informação, suporte público e infraestrutura; negociações; e, sistema de controle e planejamento. Quanto aos mecanismos de coordenação utilizados nos projetos colaborativos, foram identificados os seguintes: comunicação, decisão e negociação; sistema de controle e planejamento; equipe comum; coordenação e controle social; e, interação interunidades. E, como ponto crucial desta pesquisa, percebeu-se que a utilização dos mecanismos de coordenação dependeu das particularidades e especificidades de cada projeto, influenciando na coordenação dos projetos colaborativos. Além disso, as evidências empíricas demonstram que, quanto maior a complexidade do projeto, os mecanismos de coordenação utilizados em sua gestão tendem a ser mais específicos e formais.