O ensino de Produção Textual no Ensino Médio piauiense: representações docentes em debate

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Santos, Maria da Conceição Soares
Orientador(a): Carnin, Anderson
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada
Departamento: Escola da Indústria Criativa
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/9795
Resumo: Esta dissertação teve como objetivo geral compreender o ensino de Língua Portuguesa a partir de representações de professores acerca do trabalho com produção textual escrita na escola do Ensino Médio (EM), última etapa da Educação Básica. Para isso, realizei entrevistas semiestruturadas, analisando como tais representações dialogam ou não com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC, BRASIL, 2018), na proposta do (Novo) Ensino Médio. Firmemente pautado no quadro do Interacionismo Sociodiscursivo, este estudo é de base qualitativa e tem viés interpretativista. A geração de dados provém de entrevistas semiestruturadas, registradas em vídeo, realizadas com três professoras da rede pública estadual de ensino regular do município de Teresina (Piauí). As análises incidem sobre as representações dessas docentes acerca do seu trabalho com produção textual escrita em sala de aula - a partir de dois níveis da arquitetura textual de Bronckart (2006): o nível da infraestrutura textual geral, focando na identificação dos tipos de discurso, e o nível dos mecanismos enunciativos, com foco na identificação das marcas de responsabilização enunciativa. Os resultados obtidos sugerem que, embora as professoras se responsabilizem enunciativamente pelo seu agir discursivo em relação à produção textual escrita, percebe-se que ainda há muito em que se avançar em relação ao ensino de produção textual escrita na escola do Ensino Médio. Evidencia-se, ainda, que tais representações não se aproximam do que é prescrito ao professor de língua materna pela Base Nacional Comum Curricular – (BNCC, BRASIL, 2017; 2018). Observa-se que as professoras entrevistadas parecem não conhecer a proposta prevista para o (Novo) Ensino Médio. Considera-se que esta pesquisa contribui para as investigações feitas nessa esfera ao reafirmar a importância de se compreender com mais profundidade na realidade escolar, a partir de representações de professores, para que, assim, seja possível intervir mais qualificadamente em seu trabalho de ensino através de propostas de formação continuada.