Sinais dendroclimáticos de Araucaria angustifolia (Bertol.) O. Kuntze em sítios ecologicamente semelhantes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Arenhardt, Bruna Borne
Orientador(a): Oliveira, Juliano Morales de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biologia
Departamento: Escola Politécnica
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/12567
Resumo: Estudos dendrocronológicos têm cada vez mais explorado árvores tropicais e subtropicais, principalmente, enfocando seus sinais climáticos. Nos neotrópicos, cronologias de largura de anéis de crescimento de Araucaria angustifolia têm sido desenvolvidas em várias localidades em sua área de distribuição no Sul da Mata Atlântica. Contudo, os sinais identificados nos estudos não indicam um claro padrão de resposta de crescimento ao clima. Entender as causas da variabilidade de sinais dendroclimáticos é relevante para direcionar os estudos dendrocronológicos nessa espécie. O presente trabalho testa a premissa de que em sítios independentes, mas sob condições ambientais semelhantes, cronologias de A. angustifolia apresentam um sinal de crescimento comum determinado por condições climáticas limitantes. Uma nova cronologia de largura de anéis foi desenvolvida e comparada a outra preexiste, em Curitibanos/SC, ambas sob condições climáticas, edáficas e vegetacionais similares. As cronologias apresentaram bom nível interno de sincronismo e de esforço amostral. Suas árvores tiveram trajetórias de crescimento parecidas. As cronologias apresentaram sinal comum significativo, com moderada magnitude. Esse padrão de crescimento comum, representado por uma cronologia regional, apresentou sinais dendroclimáticos significativos com variáveis climáticas locais e teleconexões com El Niño Oscilação Sul (ENSO), todos de magnitude fraca. Correlações parciais demonstraram que este conjunto de variáveis climáticas foi determinante do sinal comum entre os sítios. Os resultados confirmam a validade da premissa testada. Sob as condições estudadas, a resposta de crescimento de A. angustifolia ao clima decorre de variações locais na disponibilidade hídrica e de temperatura, que operam em diferentes fazes do ciclo anual de crescimento e são, em algum grau, determinadas pelo ENSO. Essa baixa sensibilidade de crescimento ao clima, possivelmente, está relacionada à influência conjunta desses múltiplos fatores e/ou à moderada variabilidade de crescimento dentro dos sítios. Recomenda-se que futuros estudos dendroclimáticos com espécie se baseiem na comparação mais de um sítio, com cronologias robustas e replicando condições ecológicas comparáveis, a fim de evitar vieses experimentais decorrentes de erros de datação e da interação entre fatores locais com o clima sobre o crescimento.