Do mercado à cidadania - O desafio das transformações dos sujeitos discursivos, das institucionalidades e das narrativas jornalísticas na TV pública brasileira.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Faxina, Elson
Orientador(a): Maldonado Gómez de la Torre, Alberto Efendy
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação
Departamento: Escola da Indústria Criativa
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Espanhol:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/4054
Resumo: A presente tese é fruto de uma pesquisa sobre a institucionalidade da TV Brasil e sobre a narrativa e o discurso e jornalístico de seu principal telejornal, o Repórter Brasil. Por um lado, por meio de uma pesquisa teórica, se constrói o argumento sobre a necessidade de uma reformulação conceitual e estrutural da emissora para posicionar-se como um modelo de TV Público-Estatal, abrindo caminho para renovadas possibilidades de institucionalização para uma TV genuinamente pública, vinculada à sociedade civil organizada, nos termos que preconiza a Constituição Brasileira a respeito do modelo de TV no país, definido como complementar entre o público, o privado e o estatal. Por outro lado, a tese foi estruturada por meio de uma densa pesquisa teórica, combinada com pesquisa de campo em profundidade, em busca da compreensão do discurso e da narrativa jornalística da emissora em questão. Para isso, a metodologia envolveu uma análise de discurso jornalístico televisivo, problematizando 21 reportagens referentes a três acontecimentos jornalísticos. Como resultado, a pesquisa constata que, enquanto proposta jornalística ao Brasil, a TV Pública em formação no país, por meio do Repórter Brasil, repete o modelo de telejornalismo hegemônico próprio da TV comercial, com forte raiz positivista estadunidense, no qual a comunicação é chamada a desempenhar um papel de legitimadora da ordem estabelecida. Trata-se, portanto, de um jornalismo a serviço do mercado capitalista e do Estado liberal, sem levar em conta, com a mesma intensidade, as forças sociais presentes ao longo do tecido social brasileiro.