Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Stefanello, Liriana Zanon |
Orientador(a): |
Ramos, Eloisa Helena Capovilla da Luz |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Vale do Rio dos Sinos
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em História
|
Departamento: |
Escola de Humanidades
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/4994
|
Resumo: |
A tese é um estudo sobre a construção das memórias familiares de imigrantes na região da Quarta Colônia Imperial de Imigração Italiana do Rio Grande do Sul – Brasil. Ela fala da trajetória das famílias Pippi e Pigatto, da Itália ao Brasil, buscando analisar quais os mecanismos e dinâmicas usados para a inserção dessas famílias na sociedade sul-rio-grandense e como estas vêm mantendo as suas memórias. Para tanto, estudamos não só as estratégias usadas por estes imigrantes para se inserirem na sociedade receptora, mas também, como a memória de si e sobre si foi e vem sendo construída por e para seus descendentes. A elaboração da memória é uma construção social, então, selecionar o que deve ser lembrado e o que se relega ao esquecimento é parte de todo e qualquer processo de construção de memória e de identidade. E mais que isso, compreendendo o indivíduo como ator social responsável pela sua história, os documentos familiares tornam-se patrimônio de uma comunidade quando a representam, uma vez que carregam consigo uma carga simbólica de representar no presente o passado de cada família. Para estas duas famílias, como para centenas de outras, a construção de uma memória que chamamos de oficial ocorreu através da criação do Centro de Pesquisas Genealógicas (CPG) de Nova Palma, organizado pelo Padre Luiz Sponchiado (01/06/1984) com o objetivo de preservação da memória deste grupo imigrante. Uma das famílias estudadas, entretanto, reelaborou suas memórias também de forma particular, a família Pippi. Ao construir uma outra memória de si, esta criou um acervo privado que deu a ler uma outra história/memória familiar, que em última instância tencionou a memória oficial organizada no CPG. Já os documentos da família Pigatto, guardados no CPG, representam e são aceitos como a sua memória na Quarta Colônia de Imigração Italiana do Rio Grande do Sul. Além desse caráter memorial, todos os documentos são parte do patrimônio cultural desta comunidade quer os guardados no acervo do CPG, quer no acervo particular da Sra. Maria Neli Donatto Pippi ou de outros não identificados. Juntos, eles fazem parte desta busca dos indivíduos pela identificação e pela afirmação de uma memória familiar. Cada documento “escolhido” torna-se, então, um símbolo de rememoração que objetiva reconstruir a trajetória, a história e a memória familiar. |