Metacomunidades de macroinvertebrados aquáticos em áreas úmidas intermitentes de altitude do sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Bieger, Leandro
Orientador(a): Stenert, Cristina
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biologia
Departamento: Escola Politécnica
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/10316
Resumo: As áreas úmidas são ecossistemas prioritários para a conservação em vista de sua grande diversidade biológica, proporcionada por sua complexidade e heterogeneidade de habitats e suas inúmeras funções e valores, como sua intermitência. A procura pelos processos que estruturam as comunidades e os determinantes da biodiversidade está voltada para o papel de fatores ambientais locais e fatores espaciais regionais. Uma metacomunidade pode ser definida como um conjunto de comunidades locais ligadas entre si por dispersão de espécies que potencialmente interagem entre si. Outra maneira de compreender os fatores que determinam a diversidade de espécies em diferentes escalas espaciais é investigando simultaneamente a beta diversidade e a relação entre diversidade local e regional. O objetivo geral deste estudo foi avaliar a influência de fatores locais e de fatores regionais na composição da comunidade de macroinvertebrados aquáticos bem como verificar como a diversidade beta varia entre diferentes escalas espaciais e entre diferentes tipos de habitat. Foram realizadas três coletas de macroinvertebrados aquáticos em 20 áreas úmidas de altitude do sul do Brasil. Os principais resultados obtidos foram: as amostragens resultaram em um total de 27.884 indivíduos distribuídos em 64 táxons; os fatores locais e regionais das áreas úmidas não explicaram a estrutura das metacomunidades de macroinvertebrados aquáticos, considerando todos os táxons ou os táxons classificados de acordo com o seu modo de dispersão (ativo e passivo); uma baixa contribuição do tipo do habitat no incremento de espécies ou da variação da diversidade na comunidade. A diversidade beta é maior entre as áreas úmidas (escala regional) do que entre habitats de uma mesma área úmida, independente do hidroperíodo, indicando assim forte influência de fatores regionais na composição de espécies. O desenvolvimento de estudos ecológicos que abordem a teoria de metacomunidades conciliada em como a diversidade de espécies varia entre diferentes escalas torna-se fundamental, considerando o aspecto prioritário da conservação da biodiversidade das áreas úmidas no Sul do Brasil.