Lógicas de interpenetração dos campos comunicacional e jurídico na tentativa de (re)construção da realidade factual

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Marciano Rogério da
Orientador(a): Rosa, Ana Paula da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação
Departamento: Escola da Indústria Criativa
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/11768
Resumo: Esta pesquisa concentra-se em analisar as lógicas de interpenetração dos campos comunicacional e jurídico na tentativa de (re) construção da realidade factual, e em entender como esses atravessamentos de campos cooperam para a construção de uma sociedade (ambiente) melhor e mais justa. Nesse sentido, o método de pesquisa hipotético-indutivo foi utilizado, pois partiu-se de observações particulares (premissas), para as generalizações conceituais (conclusões). E essas observações particulares se deram a partir de dois empíricos: Primeiro, o caso da mãe acusada de matar a própria filha com overdose de cocaína na mamadeira (Daniele Toledo), ocorrido em 2006, em Taubaté/SP; segundo, o confronto entre policiais e sem-terra em Eldorado dos Carajás/PA, em 1996, quando resultou em 19 mortos num violento confronto com inúmeros desdobramentos factuais. Para dar conta desta observação, foram mobilizados diferentes quadros conceituais tais como midiatização (Eliseo Verón, Fausto, Pedro Gomes e outros), circulação (José Luiz Braga, Ana Paula Rosa), interpenetração (Nicklas Luhmann), campos (Bourdieu) e outros, estreitando diálogos entre os aportes da comunicação e do Direito. Nos dois acontecimentos, operações de interpenetrações dos sistemas jurídico e comunicacional aconteceram, mudando rumos das investigações, alterando as ordens processuais, questionando o fazer jurídico e o fazer jornalístico e, por fim, as consequências desses atravessamentos refletiram na sociedade como um todo, alterando as próprias abordagens dos casos e proporcionando reflexões sobre temas e atitudes que sobrepõem aos dois casos e se aplicam a toda prática de vida.