Crise e transformação do paradigma econômico contemporâneo: uma contextualização do debate recente sobre o fim do neoliberalismo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Pietrobelli, Bernardo
Orientador(a): Lélis, Marcos Tadeu Caputi
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Economia
Departamento: Escola de Gestão e Negócios
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/11900
Resumo: As crises e instabilidades da economia global verificadas a partir do final dos anos 1990 parecem ter revelado as fragilidades e limitações da hegemonia neoliberal. Mais que isso, estas ocasiões suscitaram o surgimento de hipóteses que previam a superação do paradigma econômico vigente desde o final dos anos 1970. O objetivo central desta dissertação é o de apresentar e contextualizar o debate recente sobre o fim do neoliberalismo – especialmente à luz do colapso financeiro de 2008, da crise da pandemia de coronavírus e das transformações, tendências e contrarreações que lhes são típicos. Através da revisão de literatura de artigos acadêmicos, livros, relatórios institucionais e de veículos de mídia verifica-se quão complexa, por vezes paradoxal, mas sempre adaptável é sua natureza. A superação provisória destas rupturas parece ter reafirmado o papel do Estado enquanto entidade viabilizadora da acumulação de capital. Não se trata, portanto, da retirada do Estado da economia – mas da reorientação de seu ativismo econômico e da renovação dos votos em benefício da lógica dos mercados, da globalização financeira e do dogma da competição. O receituário econômico das políticas neoliberais parece ter reorientado a ação Estatal, para o qual vertentes marxistas e sociológicas emprestam diferentes concepções e entendem que as crises são para o neoliberalismo terreno fértil para justificar-se e ilimitar-se.