Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Brodbeck, Cristiane Fensterseifer |
Orientador(a): |
Fabris, Elí Terezinha Henn |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Vale do Rio dos Sinos
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
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Departamento: |
Escola de Humanidades
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/4520
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Resumo: |
A presente tese investiga a constituição da docência em ciências nas práticas de iniciação à docência do Subprojeto Biologia, do Pibid UNISINOS, do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – Pibid/CAPES. As questões que orientam esta pesquisa são: como se constitui a docência em ciências nas práticas de iniciação à docência do Subprojeto Biologia? Que verdades sobre a docência produzem e sustentam as práticas de iniciação à docência em ciências? O trabalho esta fundamentado pelas lentes teórico-metodológicas dos estudos foucaultianos e dos estudos de docência, que proporcionam ferramentas para a problematização da docência na governamentalidade neoliberal na contemporaneidade. O corpo empírico deste trabalho compõe-se principalmente dos produtos desenvolvidos pelas escolas, a partir das práticas realizadas, os quais fazem parte dos relatórios anuais do Subprojeto, dos anos de 2010 a 2013. Realizou-se uma análise discursiva do material empírico, utilizando, especialmente, os conceitos de docência, governamentalidade e neoliberalismo. O exercício analítico possibilitou a identificação de verdades que mobilizam as práticas vivenciadas e desenvolvidas pelos alunos bolsistas na constituição da docência em ciências. Entre elas, estão a preocupação com a busca da realidade da escola; a não problematização dessa realidade e a potência das críticas naturalizadas, principalmente sobre os professores e suas aulas ditas tradicionais, e a crença em práticas de redenção, na tentativa de salvar a escola de seu decretado fracasso e de sua baixa qualidade. Essas verdades e práticas são produzidas pelas avaliações em larga escala, pela mídia e, muitas vezes, pela própria universidade. Em uma governamentalidade neoliberal, em que o imperativo é a inovação, não há a problematização por parte dos licenciandos do desenvolvimento de práticas consideradas, por eles, inovadoras. Apresento, como principais tecnologias em ação, a governamentalidade neoliberal, como tecnologia de governo, e a inovação da docência, como tecnologia pedagógica. A tese que defendo é a de que a iniciação à docência desenvolvida no Subprojeto pode ser lida como a expressão de uma Pedagogia da Redenção. Tal pedagogia apresenta marcas das pedagogias críticas e das pedagogias psicológicas, produzindo futuros professores que são subjetivados como superbolsistas e que se lançam numa batalha de redenção da escola. Os conhecimentos específicos de ciências e biologia ficam esmaecidos, e são potencializadas ações fora da sala de aula, marcadas pela atividade, pela ludicidade e pela inovação. As análises mostram como é produzida e sustentada a Pedagogia da Redenção neste Programa. |