Estudar o espanhol e ir pra argentina me tornou um brasileiro mais latino-americano” - lições propiciadas por um programa de mobilidade acadêmica de formação de professores de português e espanhol

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Andrade, Fabrício Dias de
Orientador(a): Kersch, Dorotea Frank
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada
Departamento: Escola da Indústria Criativa
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Espanhol:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/7091
Resumo: O estudo que aqui apresentamos mostra os resultados de um programa de mobilidade acadêmica realizado por participantes do Projeto de Cooperação entre a Universidad Nacional de Cuyo/Argentina e a Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS/Brasil (KERSCH, 2010). Este estudo leva em consideração a integração regional como uma resposta ao processo de globalização, de forma que as universidades possam (re)pensar sobre seus papéis diante das relações educativas com os países do MERCOSUL e na formação de seus alunos. Assim, este trabalho se propõe a analisar as aprendizagens que os participantes da pesquisa, discursivamente, evidenciam ter sido propiciadas pelo programa de mobilidade acadêmica por eles experenciado. Verificamos também como essas aprendizagens podem influenciar na construção de suas identidades pessoais e profissionais. Para tanto, como âncora teórica, embasamo-nos nos estudos referentes aos caminhos percorridos pelas línguas adicionais, português e espanhol, no contexto regional (BEIN, 2014 ; LAGARES, 2013; SCHLATTER e GARCEZ, 2009; VARELA, 2014), nos processos de regionalização (ARNOUX, 2007, 2010, 2013, 2014; BEIN, 2014; DANDREA, 2015; FAJARDO, 2007) e nas políticas que articulam a educação como um processo de integração (GARCEZ e SCHULTZ, 2016; SPOLSKY, 2016), como o Mercosul Educativo (MERCOSUL, 1995, 1998, 2001, 2006, 2011). Além disso, tratamos da construção identitária (HALL, 2006; KLEIMAN, 1998; LEFFA, 2012; RAJAGOPALAN, 2003; WENGER, 2001) dos participantes do projeto quando inseridos a novos contextos sociais de aprendizagem, definidos por Wenger 2001 de comunidades de prática. A fim de atingirmos nossos objetivos, foram realizadas entrevistas semiestruturadas, grupos focais e um diário de viagem. Essas técnicas geraram os dados que compõem o corpus da análise. Os resultados apontam que, a partir da negociação de significados dentro das comunidades das quais participa, o aluno desenvolve aprendizagens significativas e, ainda, que os processos de integração regional a partir da mobilidade acadêmica acontece do aluno para a comunidade, cabendo ainda ao governo e às instituições de nível superior repensarem alguns processos para o melhor alcance dos objetivos dos programas de mobilidade acadêmica.