Design estratégico e afrofuturismo na busca por uma moda decolonial sustentável

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Anchieta, Carolina
Orientador(a): Freire, Karine de Mello
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Design
Departamento: Escola da Indústria Criativa
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/10578
Resumo: Um futuro inovador no cenário da moda sustentável é a compreensão de que a sustentabilidade também passa pela tranformação de realidades desiguais e da potencialização de todos os agentes envolvidos nessa cadeia. No Brasil, onde mais da metade da população é negra, a sustentabilidade precisa considerar o recorte de raça e todas as consequências sociais herdadas da escravização e, assim, contribuir para as descontinuidades sistêmicas no racismo estrutural. A inovação social, nos estudos do design, é percebida, principalmente, a partir dos atores envolvidos e suas demandas sociais. Mas como inovar se a área do design não compreender seu papel social, num país majoritariamente negro, e reconhecer a importância das presenças negras no protagismo da inovação? Reconhecemos no Afrofuturismo - movimento multicultural que propõe um retorno ao passado como forma de reinventar a história e recontá-la sob uma ótica decolonial – um caráter projetual que pode, orientado pelo design, promover inovação social, através da projeção de cenários futuros, e potencializar pessoas negras através da moda. Assim, o objetivo geral desta pesquisa consiste em explorar as potencialidades do Afrofuturismo como espaço de projetação de futuros negros potentes, aliado aos princípios do design estratégico, para ressignificar a moda sustentável. Apresentamos, para tanto, como metodologia um estudo de caso da marca LAB, criada pelo rapper Emicida e seu irmão, também músico, Evandro Fióti. Analisamos como a LAB promove descontinuidades sistêmicas no racismo estrutural, inspirada pela ancestralidade, o aquilombamento e o Afrofuturismo. A partir dessa análise, criamos um workshop para pessoas negras, dividido em uma etapa assíncrona, que contou com o desenvolvimento de uma Plataforma de Imersão Afrofuturista, e uma etapa síncrona, com um exercício projetual de imaginação por cenários a partir do Afrofuturismo. Acreditamosque possa haver uma moda decolonial sustentável, a partir do fortalecimento dos elementos identitários, com o reencontro da ancestralidade promovido pelo Afroturismo e, assim, a projetação de futuros negros inovadores.