Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Luz, Rodrigo Barbosa |
Orientador(a): |
Giering, Maria Eduarda |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Vale do Rio dos Sinos
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada
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Departamento: |
Escola da Indústria Criativa
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/9417
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Resumo: |
Este estudo propõe-se a analisar o discurso jurídico, em especial o gênero discursivo sentença, salientando as estratégias argumentativas que contribuem para a construção do ethos. Nosso corpus é constituído por uma sentença oriunda dos autos processuais nº. 5046512-91.2016.4.04.7000/PR, procedimento judicial constituído e estruturado a partir de uma das mais de 60 – sessenta – fases de investigações da operação “Lava Jato” que, especificamente, teve no banco dos réus figuras importantes – empresários, donos e/ou administradores de grandes companhias – além da emblemática figura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, razão pela qual nos interessamos por essa decisão judicial em específico, além de poder considerarmos como um documento histórico. Em razão disso, nos propusemos a investigar o ethos discurso presente no gênero sentença, a partir de construções discursivas que realçam traços de identificação e credibilidade, voltados para causar uma boa impressão e alcançar a adesão do auditório. Para o desenvolvimento do trabalho, partimos das construções teóricas da Retórica, Nova Retórica e Teoria da Argumentação (PERELMAN; OLBRECHTS-TYTECA, 2014, Perelman (1998, 2005), bem como da concepção de Maingueneau (2008, 2015) e Amossy (2018) de que o enunciador, ao tomar a palavra, leva em conta as representações dos coenunciadores e, em consequência disso, orienta o discurso de modo a emergir através dele uma identidade. Nessa acepção, o ethos ligado diretamente à enunciação é percebido como uma instância discursiva que valida o próprio discursivo e é validada a partir dele. Além disso, igualmente nos ancoramos na Linguística Textual através dos estudos de Adam (2011) e Koch (2015, 2016 e 2017) de modo a verificar o papel dos organizadores textuais e dos conectores argumentativos e como auxiliam na construção da ethé do locutor-magistrado. Nesse sentido, os resultados apontam para o fato de que as estratégias argumentativas utilizadas possibilitam a construção de um ethos, que causa empatia e, consequentemente, leva os coenunciadores a aderirem a tese apresentada, em especial no gênero sentença oriundo da Lavajato, ainda que a decisão judicial traga elementos sensíveis e envoltos em polêmica. |