Associação entre transtornos mentais comuns, distúrbios do sono e sinais e sintomas menopáusicos: Pesquisa Saúde da Mulher 2015 - São Leopoldo/RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Neutzling, Agnes Ludwig
Orientador(a): Olinto, Maria Teresa Anselmo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Departamento: Escola de Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/10140
Resumo: Objetivo: investigar associação de Transtornos Mentais Comuns (TMC) e de distúrbios do sono com sinais e sintomas menopáusicos moderados/severos em mulheres adultas no sul do Brasil. Métodos: estudo transversal de base populacional, com amostra representativa de 393 mulheres (40 a 69 anos), residentes na zona urbana de São Leopoldo/RS. Para coleta de dados, utilizou-se questionário padronizado e pré-testado, contendo: Self Reporting Questionnaire (SRQ-20) para presença de TMC (SRQ-20>7); Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI-BR) para presença de distúrbios do sono (PSQI>5); e Menopause Rating Scale (MRS), para o desfecho sinais e sintomas menopáusicos moderados/severos (MRS>8). Estimou-se razões de prevalência (RP), brutas e ajustadas, e Intervalos de Confiança de 95% (IC95%) por meio de regressão de Poisson robusta. Resultados: observou-se prevalência de sinais e sintomas moderados/severos de 58,0% (IC95% 53,0-63,0), de presença de TMC de 40,2% (IC95% 35,3-45,2) e de distúrbios do sono de 49,4% (IC95% 44,3-54,5). TMC e distúrbios do sono, simultaneamente, ocorreram em 34,4% (IC95% 29,6-39,3%). Mulheres com TMC (p<0,001) e distúrbios do sono (p<0,001) apresentaram maiores prevalências de sinais e sintomas menopáusicos moderados/severos. Presença de TMC e distúrbios do sono aumentou três vezes a probabilidade de sinais e sintomas menopáusicos moderados/severos. Após ajuste, TMC e distúrbios do sono mantiveram forte associação com sinais e sintomas menopáusicos moderados/severos (p<0,001). Conclusões: verificou-se maior probabilidade de sinais e sintomas moderados/severos em mulheres com TMC e distúrbios do sono, sugerindo que a qualidade de vida da amostra possa estar comprometida. Considerando a complexa relação temporal entre TMC, distúrbios do sono e sinais e sintomas menopáusicos, torna-se relevante a realização de estudos longitudinais que acompanhem mulheres com tais problemas durante a TM, permitindo a identificação da temporalidade entre exposições e desfecho.