Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Malabarba, Taiane |
Orientador(a): |
Guimarães, Ana Maria de Mattos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Vale do Rio dos Sinos
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada
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Departamento: |
Escola da Indústria Criativa
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/4905
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Resumo: |
Esta pesquisa investiga a prática docente em sala de aula, entendida aqui como trabalho real-concretizado. Tem-se por objetivo geral descrever como, do ponto de vista linguístico-interacional, um projeto de ensino é pilotado em face às contingências interacionais. Os dados foram gerados em uma escola de idiomas do interior do Rio Grande do Sul a partir de 10 horas-aula gravadas em vídeo com uma turma de alunos adultos no seu primeiro semestre do curso de língua inglesa. Focou-se nos momentos em que o curso do agir é alterado a partir da participação contingente de um ou mais alunos. Por participação contingente, entende-se tanto as tomadas de turno espontâneas por parte dos alunos quanto os turnos alocados previamente, mas que, de certa forma, não atendem à expectativa projetada por uma ação antecedente. Conceitos advindos do Interacionismo Sociodiscursivo (BRONCKART, 1999) e da Análise da Conversa (SACKS; SCHEGLOFF; JEFFERSON, 1974) de forma mais ampla, abarcando os campos semióticos da fala-em-interação (GOODWIN, 2013), servem de referência teórico-metodológica para a análise. Os resultados revelam um percurso recorrente no que tange à fala-em-interação em curso durante o trabalho docente: 1) projeto de ensino; 2) participação contingente; 3) alinhamento; 4) intraexpansão do projeto de ensino; 5) fechamento; e 6) projeto de ensino – entre percursos identificados em menor escala. Em conjunto, o olhar empreendido durante a análise permite compreender também o entrelaçamento constante entre o que é da ordem da fala cotidiana e o que é da ordem da fala institucional. Quanto à primeira, observou-se a presença de riso, orientações posturais mais relaxadas e traços prosódicos específicos, que parecem estar ligados ao estabelecimento de laços entre os participantes. Quanto à segunda, chamam a atenção a postura corporal mais ereta, acompanhada pela mudança significativa no volume e/ou tom de voz e aparente relutância em empregar a língua portuguesa. Esses resultados podem contribuir com as pesquisas sobre sala de aula de línguas ao desvelar as ações que envolvem momentos em que o projeto de ensino é alterado em virtude de contingências interacionais e ao propor a construção de uma linguagem que permita falar sobre o agir docente na prática. Igualmente, eles podem ser usados pelos programas de formação docente para promover reflexão e fomentar a elaboração de um repertório de práticas interacionais que possa orientar principalmente os professores em início de carreira. |