Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Silva, Eduardo Cristiano Hass |
Orientador(a): |
Grazziotin, Luciane Sgarbi Santos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Vale do Rio dos Sinos
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
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Departamento: |
Escola de Humanidades
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Palavras-chave em Espanhol: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/9489
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Resumo: |
A tese apresentada tem como tema o Ensino Comercial Brasileiro. O objetivo geral da investigação consiste em analisar os processos de institucionalização e a consolidação desta modalidade de ensino em nível técnico no Brasil, a partir das Reformas do Ensino Comercial e das relações de poder envolvidas neste processo. Para tanto, o estudo circunscreve elementos do ensino comercial italiano e português, de maneira a visibilizar elementos constitutivos desses dois países que influenciaram o ensino comercial brasileiro. O estudo se insere no campo da História da Educação, fundamentando-se na História Cultural. Os conceitos ferramentas mobilizados na pesquisa foram os de Narrativa Histórica, Cultura Escolar, Relações de Poder e o de Atuação, aplicado às Reformas Educacionais. As fontes empregadas na pesquisa estão relacionadas aos diferentes âmbitos da Memória Educativa: Cultura Política (legislação, documentos oficiais do Estado, entre outros), Cultura Acadêmica/Científica (artigos científicos, dissertações, teses, entre outros.) e Cultura Empírica (documentos produzidos/localizados pelas/nas instituições escolares). Dentre as legislações analisadas, destacaram-se as Reformas Francisco Campos (1931) e Gustavo Capanema (1943) do Ensino Comercial. Em relação à Cultura Empírica, foram analisados documentos de três instituições: Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap) de São Paulo, a Escola de Comércio de Porto Alegre e a Academia de Comércio de Santa Catarina. A metodologia empregada foi a análise histórica-documental, com procedimentos específicos para cada uma das tipologias das fontes. Os resultados permitiram identificar que o Ensino Comercial Brasileiro possui influências do modelo português e italiano. Em relação à emergência da modalidade de ensino, foi possível constatar que as aulas de comércio brasileiras foram oficialmente criadas a partir da vinda da família real para a então colônia portuguesa, em 1808. A importância do comércio e a necessidade de profissionais para a administração colonial, levaram à criação de escolas dessa modalidade de ensino nas principais praças comerciais. A profissionalização das práticas comerciais e a criação das instituições educativas se encontram atreladas aos interesses do Estado em formação, dos setores privados, dos profissionais do comércio e, das próprias instituições criadas. Foi possível identificar que o Ensino Comercial no Brasil consolidou-se entre 1931 e 1971. As conclusões permitem afirmar que o ensino comercial configura-se como uma modalidade educativa distinta das demais modalidades técnicas, cujo processo de consolidação ocorreu entre a Era Vargas (1930-1945) e a Reforma do Ensino de 1971. Essa especificidade pode ser verificada a partir de relações de poder e de interesses entre setores públicos, privados e institucionais, identificados no processo de atuação das reformas educativas. |