Transtornos mentais comuns e fatores associados em mulheres trabalhadoras de turno do sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Lucca, Jessica Kraemer
Orientador(a): Olinto, Maria Teresa Anselmo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Departamento: Escola de Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/12061
Resumo: O objetivo deste estudo foi identificar a prevalência de transtornos mentais comuns (TMC) e os fatores associados em mulheres trabalhadoras de turno. Este estudo pertence à um projeto maior intitulado: “Qualidade e privação de sono e obesidade abdominal em mulheres trabalhadoras de turno em uma indústria no Sul do Brasil”. Foi realizado um estudo observacional transversal com mulheres trabalhadoras de turno uma indústria no sul do Brasil. Os TMC foram avaliados por meio do Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20), sendo utilizado o ponto de corte 8 pontos ou mais. Demais variáveis sociodemográficas, ocupacionais, comportamentais, de morbidade e autopercepção de saúde foram avaliadas por meio de questionário. Para verificar a associação das variáveis independentes com o desfecho foi utilizado o teste Qui-Quadrado. Para estimar as Razões de Prevalência, bruta e ajustada, foi realizada Regressão de Poisson com variância robusta. As variáveis foram inseridas na análise conforme um modelo conceitual definido à priori que considera a existência de uma hierarquia entre as variáveis na determinação do desfecho. A prevalência de TMC foi de 47,3% (IC 95%: 42,6- 52,1). Após ajuste para os fatores de confusão, foi observado que as mulheres negras/pardas, as trabalhadoras com má qualidade de sono e com autopercepção de saúde razoável/ruim apresentaram maior probabilidade de TMC. Não houve associação estatisticamente significativa entre TMC e o turno de trabalho noturno. Concluindo, a relação da raça/cor da pele parece se sobrepor em relação às demais variáveis sociodemográficas na ocorrência de TMC. Além disso, os resultados apontam para uma forte relação da má qualidade do sono com TMC. Sugere-se que estudos futuros comparem a relação de TMC entre trabalhadoras de turno com trabalhadoras de horário regular.