Dispositivos interacionais: um estudo sobre os documentários de Eduardo Coutinho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Costa, Bianca Elisa da
Orientador(a): Braga, José Luiz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação
Departamento: Escola da Indústria Criativa
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/3803
Resumo: Esta dissertação elabora um estudo de comunicação sobre cinco filmes do diretor e documentarista Eduardo Coutinho. Os documentários foram analisados com base na perspectiva da comunicação, compreendida como uma ação que gera interação. As análises elaboradas sobre os filmes Cabra Marcado para Morrer, Boca de Lixo, Santo Forte, Peões e O Fim e o Princípio partiram da percepção inicial de que Eduardo Coutinho opera uma processualidade indiciária na direção dos filmes que tem a potencialidade de revelar a realidade social, cultural e política das pessoas que entrevista. Para chegar a ideia de que os documentários podem ser analisados como dispositivos interacionais, a pesquisa iniciou com a observação da centralidade de processos comunicacionais nos filmes, entre eles a interação, sustentada e fundada nos filmes por uma lógica muito específica que é a pessoalização. Essa lógica aparece de diversas maneiras durante os filmes e foi captada depois de um estudo sistemático e transversal das cenas mais expressivas dos filmes. O processo indiciário do diretor pode ser caracterizado como um processo que procura, nos detalhes mais simples do entrevistado, pistas para desvelar o que ele pensa sobre a vida e sobre a realidade social. Dessa forma, o diretor procura desvelar a realidade social dos personagens a partir de perguntas simples que têm o objetivo de evidenciar a pessoa e sua história de vida. Por fim, concluímos que os processos comunicacionais estão embrenhados nos filmes e são geradores de interação.