A construção de consenso em reuniões do conselho escolar: contribuições da linguística da enunciação e da ergologia para entender a atividade de trabalho do gestor

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Messa, Rosângela Markmann
Orientador(a): Teixeira, Terezinha Marlene Lopes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada
Departamento: Escola da Indústria Criativa
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/4495
Resumo: Esta Tese investiga, com base na teoria enunciativa de Émile Benveniste e na perspectiva ergológica de Yves Schwartz, o processo de formação de consenso em reuniões do Conselho Escolar de uma escola evangélico-luterana, localizada na Região Metropolitana de Porto Alegre. Da teoria enunciativa benvenistiana, utiliza-se a concepção de linguagem, segundo a qual a língua fornece um sistema formal de base de que o indivíduo se apropria pelo ato de linguagem, renormalizando-a em um estilo particular e único. Da perspectiva ergológica, vale-se da concepção de atividade de trabalho, que ensina que há sempre uma distância entre as normas antecedentes, reguladoras do fazer, e o trabalho realizado, que é a todo momento singularizado e renormalizado pelo indivíduo na realização de sua atividade de trabalho. Ambas as teorias levam em consideração a subjetividade que é inerente à linguagem e à atividade de trabalho. A pesquisa é de natureza qualitativa e toma por objeto de estudo interlocuções entre gestor escolar, coordenadora administrativa e integrantes do Conselho Escolar. A partir da análise das interlocuções é possível afirmar que o consenso é co-construído pelos participantes na interação; que ele é formado a partir da instauração de um “eu” e de um “tu”, que falam de um “ele”, em um aqui-e-agora específicos; que ele é resultado de um processo dilatado no tempo, induzido pela própria instituição e reprodutor dela, em que diferentes participantes desenvolvem atividades específicas relacionadas a seu papel e, com isso, vencem etapas de desenvolvimento lógicas e necessárias no âmbito das ações que lhe competem.