Complexidade na arqueologia do Jê Meridional: a contribuição de São José do Cerrito

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Mergen, Natália Machado
Orientador(a): Schmitz, Pedro Ignácio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Escola de Humanidades
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Espanhol:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/5936
Resumo: Nesta dissertação serão analisadas estruturas arqueológicas relacionadas às populações Jê Meridionais, existentes no município de São José do Cerrito, no Planalto Catarinense. A análise busca identificar indícios de complexidade em assentamentos do grupo, datados em diferentes períodos de ocupação. Estes, quando relacionados num mesmo processo, revelam diferenças na estruturação dos assentamentos, dados que contribuem para uma compreensão maior deste processo. Através do estudo dos assentamentos foram identificados três momentos de ocupação, que podem ser relacionados às mudanças ambientais ocorridas na região. No primeiro momento existem assentamentos rápidos, a céu aberto, em áreas de campo, num ambiente com recursos dispersos. No segundo momento existem assentamentos mais estáveis e mais prolongados, com estruturas subterrâneas ainda sem cerâmica, num ambiente onde os recursos da araucária começaram a se concentrar. No terceiro momento existem assentamentos mais sedentários e longos, com estruturas subterrâneas, estruturas cerimoniais e uso de cerâmica, num ambiente com recursos abundantes e estáveis. Neste último período, as estruturas subterrâneas também se transformaram, passando de estruturas grandes para estruturas geminadas e pequenas. Esta dinamicidade promove uma relativização das concepções que buscam associar todos os sítios com estruturas atribuídas ao Jê Meridional como pertencentes ao mesmo período cronológico. Esta diversificação questiona as visões que enxergam as estruturas como parte de uma única etapa de ocupação.