Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Ferneda, Rodrigo |
Orientador(a): |
Ruffoni, Janaína |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Vale do Rio dos Sinos
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Economia
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Departamento: |
Escola de Gestão e Negócios
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/7072
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Resumo: |
O objetivo do presente estudo foi compreender o processo de adoção de tecnologias da indústria 4.0 por firmas do agronegócio do Rio Grande do Sul. Por meio de uma pesquisa exploratória e qualitativa, foram investigados três firmas do agronegócio e uma firma startup. Através de uma amostragem snowball sampling, também foram investigados outros atores que compõem o Sistema Nacional de Inovação (SNI): instituições, especialistas do agronegócio, especialistas da indústria 4.0, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e Comunicações (MCTIC) e o Ministério do Desenvolvimento da Indústria e Comércio Exterior e Serviços (MDIC). Ao total, foram realizadas 14 entrevistas semi estruturadas ao longo de 2017, baseadas nas categorias extraídas do referencial teórico em que abordou a adoção de tecnologias pelas firmas, entre elas: escolha tecnológica, tendências, dificuldades /barreiras, características, mão de obra, papel do Estado, atores institucionais, resultados de inovação e resultado econômico. Os resultados da investigação foram interpretados sob a análise de conteúdo, seguindo as orientações de Bardin (2009). Constatou-se que as tecnologias adotadas são: Big Data, Internet das Coisas e Robótica. Essa adoção vem ocorrendo nas firmas multinacionais, de grande porte, localizadas na região metropolitana e atuantes na fase pré porteira, por meio da internacionalização do conhecimento, formalização do departamento de P&D, investimento em mão de obra qualificada, participação dos clientes e fornecedores em testes de protótipos e aplicação de tecnologias, observação das tendências nacionais e internacionais para o setor. A exceção está na firma C, por ser de origem familiar, brasileira, localizada no interior do Estado e investe seus recursos próprios e crédito oriundo de políticas públicas para o desenvolvimento da P&D. Destaca-se o papel de uma startup, como forma de promover e estimular práticas tecnológicas específicas para o agronegócio, visando a flexibilidade, eficiência em custos e em produção, competitividade, comunicação entre máquinas e seres humanos e outros atributos capazes de agregar valor para o setor pré e pós porteira. O papel das instituições foi identificado como fundamental, contribuindo para a qualificação de recursos humanos, tecnológicos e sociais, desenvolvimento nos testes de protótipos, máquinas e equipamentos e na consultoria por meio de projetos em parceria público-privado, como também, as parcerias em que o MCTIC e MDIC estão realizando para a efetivação do desenvolvimento do Plano Nacional de Internet das Coisas e de Manufatura Avançada, onde permite compreender o conhecimento das referidas tecnologias e aplicá-las nas firmas brasileiras. Os resultados das inovações adotadas pelas firmas ocorre através da participação dos clientes e fornecedores nos testes de protótipos, expansão e diversificação da produção, controle e eficiência na tomada de decisão e redução dos custos, assistência técnica e pós venda. Quanto aos resultados econômicos adotados entre as investigadas destacam-se: agregação de valor ao produto final, otimização da força de trabalho, aumento da produtividade e oportunidade de diversificação da cadeia produtiva e eficiência em custos. Conclui-se também, que esforços diversos devem ser feitos por parte de diferentes atores para que o processo de adoção dessas tecnologias seja mais difundido no setor e em firmas com diferentes perfis, proporcionando uma maior agregação de valor e competitividade setorial. |