Uso de hábitat por tatus em área de floresta de restinga do sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Nitta, Carlos Hiroshi
Orientador(a): Vieira, Emerson Monteiro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biologia
Departamento: Escola Politécnica
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/3128
Resumo: Os tatus (Cingulata: Dasypodidae), apesar da diversidade de espécies, 21 espécies, e ampla distribuição, da Argentina até a metade sul dos EUA, passando pela América Central, as informações sobre a utilização dos ambientes por estes animais é escassa. A escavação e utilização de buracos no solo é uma característica ecológica relevante para o grupo, podendo estas estruturas serem consideradas indicadores conspícuos da presença desses animais. No presente estudo investiguei a densidade, direção, morfometria e microhabitat das tocas, em diferentes tipos de formação vegetal. O trabalho foi desenvolvido durante 13 meses (Out/06 a Nov/07) no Parque Estadual de Itapuã, na Grande Porto Alegre, RS, Brasil. O tatu-galinha (Dasypus novemcinctus) parece ser a espécie mais abundante neste local, onde ainda ocorre ao menos uma outra espécie, tatu-de-rabo-mole-grande (Cabassous tatouay). As características físicas e ambientais de 72 tocas, no campo (n = 31), mata (n = 22) e Restinga (n = 19), encontradas foram analisadas. A densidade de tocas não variou significativamente entre estes ambientes. Embora o tatu-galinha seja apontado como uma espécie de áreas florestadas no presente estudo, as áreas abertas foram utilizadas com a mesma intensidade que mata e restinga. Dentre as variáveis ambientais o número de árvores e porcentagem de cobertura de solo por arbustos tiveram influência no número de tocas encontradas em mata. A direção das tocas foram predominantemente sul nas áreas de floresta (mata e restinga) e significativamente diferentes das áreas de campo (campoXmata p = 0,002; campoXrestinga p = 0,001). Sugerindo que esta espécie possa mudar o comportamento e aumentar o nicho na ausência ou relaxamento de predadores e competidores.