Os sentidos de qualidade nas políticas curriculares para o ensino médio no estado do Rio Grande do Sul (1991-2014)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silveira, Emerson Lizandro Dias
Orientador(a): Silva, Roberto Rafael Dias da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Escola de Humanidades
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/9247
Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo examinar os sentidos de qualidade emergentes das políticas curriculares para o Ensino Médio no Estado do Rio Grande do Sul no período entre 1991 e 2014. A metodologia de análise documental baseou-se nos pressupostos teóricos derivados da sociologia da educação contemporânea, principalmente nos aportes de Young (2014) e Ball (2013) sobre o campo dos Estudos Curriculares num contexto econômico-político internacional, marcado pela estreita relação entre mercado e educação. Como resultados ressaltam-se que, no período de análise, as distintas políticas curriculares postas em prática alinharam-se a um contexto internacional, marcado pela influência da racionalidade econômica no currículo, tanto na formação de professores como nos sistemas de avaliação. Agrega-se a isso uma ampla discursividade em torno do conceito de qualidade da educação, que perpassou as respectivas políticas educacionais, levadas a cabo por governos de distintos matizes ideológicos que se revezaram no poder entre 1991 e 2014 no Estado do Rio Grande do Sul (Brasil), ora assumindo sentidos vinculados à performance acadêmica dos estudantes e das instituições, ora atrelada a sentidos de qualidade social, com forte preocupação social e agenda cidadã. Acrescenta-se o fato de que cada política colocada em prática sofre uma ruptura em face da alternância de governos, impossibilitando a consecução de seus objetivos. Desse modo, observou-se que, mesmo assumindo sentidos de qualidade por vezes antagônicos, as políticas analisadas apresentam similaridade em definir processos que iam de encontro com a regulação e controle típico de mercado, sinalizadas pelas agências internacionais que redirecionaram o papel da escola desde os anos de 1990. Ao final do estudo, defende-se que a qualidade do Ensino Médio no Brasil trata-se de um horizonte a ser perseguido e só poderá, de fato, ser concretizada com a hibridização dos dois sentidos, quais sejam: o acolhimento das demandas sociais e a defesa de conhecimentos com foco na performance acadêmica dos estudantes.