Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Muradás, Kellen |
Orientador(a): |
Coelho, Osmar Gustavo Wöhl |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Vale do Rio dos Sinos
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Geologia
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Departamento: |
Escola Politécnica
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/3025
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Resumo: |
O mapeamento de vulnerabilidade e a análise de risco de contaminação das águas subterrâneas são fundamentais para a orientação dos planos municipais de gerenciamento ambiental. Atualmente, novos critérios de enquadramento das águas subterrâneas são exigidos pela Resolução do CONAMA Nº396 /2008 e justificam o presente estudo. Os municípios escolhidos para o mapeamento de vulnerabilidade foram Portão e Estância Velha/RS, pois apresentam uma situação potencial de contaminação devido à atividade industrial dos setores coureiro-calçadista, plástico, tintas e solventes, além dos efluentes domésticos. Para a construção do mapa de vulnerabilidade, foi escolhido o método DRASTIC, acrônimo dos parâmetros a serem analisados: Depth water table, Recharge, Aquifer media, Soil type, Topography, Impact of vadose zone, Hydraulic Condutivity. Cada parâmetro é construído de forma dinâmica como um plano de informação no ambiente SIG a partir de características do meio que são espacializadas e, na fase final, integradas para gerar o mapa de vulnerabilidade em classes baixa, intermediária, alta e muito alta. A análise preliminar de risco é feita pela sobreposição deste mapa com o mapa de uso do solo. O Sistema Aquífero Guarani (SAG), na área de estudo, é representado pelos arenitos das formações Pirambóia e Botucatu, sendo parcialmente confinado pelo Aquífero Serra Geral e a recarga é favorecida pelo basalto densamente fraturado. A pouca profundidade dos níveis de água subterrânea e a litologia sedimentar são fatores decisivos para uma vulnerabilidade intermediária a alta e, devido à ação antrópica, os níveis de água subterrâneos sofreram depleção na área urbana. Os solos foram separados em domínios de acordo com a sua textura. O domínio Argissolo 1 apresenta-se espesso e com alto teor de finos no horizonte B, indicando um comportamento impermeabilizante. Os ensaios de infiltração e as camadas espessas de argila confirmam a baixa condutividade hidráulica dessa unidade pedológica, constituindo proteção natural do aquífero. Na área de estudo predomina o Argissolo 2, mais arenoso e, a presença restrita de argilominerais expansivos em superfície é fator atenuador da vulnerabilidade. O estudo de risco está diretamente relacionado à ocupação da área, que foi classificada em urbana, rural, silvicultura ou mata nativa. Estas classes, por ora, ocupam áreas de alta vulnerabilidade de contaminação do aquífero. Quanto à qualidade das águas subterrâneas, estes municípios possuem poucos dados disponíveis, não evidenciando o histórico de degradação ambiental na área, sendo um alerta para a necessidade de instalação de rede de poços de monitoramento. A eficiência do mapa de vulnerabilidade está associada à interdependência dos parâmetros envolvendo aspectos hidrogeológicos e geomorfológicos, tendo-se obtido 25% da área com alto grau de vulnerabilidade; 72,4% com grau intermediário e, apenas 2,6%, com baixo grau de vulnerabilidade à contaminação de águas subterrâneas. Dentre as recomendações, inclui-se priorizar o controle quantitativo e qualitativo das águas subterrâneas na área leste por constituir-se de alta vulnerabilidade com sobreposição da mancha urbana e atividades industriais. |