Vulnerabilidades e enfrentamento da hepatite C em Porto Alegre e Região Metropolitana/RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Kunrath, Ângela Antônia Ferreira
Orientador(a): Junges, José Roque
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Departamento: Escola de Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/11402
Resumo: Este estudo se propõe a analisar as percepções sobre as vulnerabilidades e estratégias de enfrentamento de usuários em tratamento da hepatite C. Métodos: Trata-se de uma pesquisa qualitativa descritiva, com abordagem fenomenológica sobre percepções e significados subjetivos. Foram selecionadas 10 entrevistas, entre 12 realizadas, com usuários em tratamento da hepatite C em hospital público de Porto Alegre, narrando seus itinerários terapêuticos. A análise apontou duas unidades de significado: vulnerabilidades e enfrentamento. Resultados: O estudo capta a complexidade das vulnerabilidades experimentadas pelos usuários frente ao diagnóstico de uma doença que não sentem. Também expõe as formas de reação, a busca pelo tratamento, o enfrentamento dos efeitos adversos da medicação e das restrições impostas pela doença. As divergências nas formas de enfrentamento apontam para a relação entre o contexto e a produção de respostas na reorganização e ressignificação de suas biografias. Conclusões: O fenômeno da epidemia silenciosa da hepatite C produz vulnerabilidades perceptíveis desde o início dos itinerários de busca de cuidados. O enfrentamento tem sido responsabilidade dos indivíduos e está centralizado no tratamento e não na reorganização de suas vidas. As políticas públicas de atenção a este grupo precisam avançar para além da visão biomédica, através de uma abordagem intersetorial, na perspectiva da integralidade, respeitando as diferenças e valorizando as redes de apoio social.