Compósitos cimentícios têxteis reforçados com resíduo de vestuário

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Grings, Kátia Jocasta Ortiz
Orientador(a): Kulakowski, Marlova Piva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil
Departamento: Escola Politécnica
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/9495
Resumo: O poliéster é a fibra com maior produção mundial e maior potencial de geração de resíduos. Os retalhos de tecidos são passíveis de serem reciclados, tornando-se matéria-prima para outras indústrias. Nesta pesquisa, o objetivo é avaliar o emprego de resíduo de vestuário de poliéster como reforço em compósitos cimentícios sem função estrutural. Para isso, foram desenvolvidos, traços com baixa massa específica com o uso de agregado leve de vermiculita. Para não haver uma degradação rápida dos têxteis, empregou-se substituição parcial do cimento (25%) por cinza volante (CV) e o resíduo foi tratado por impregnação com polímero estireno butadieno (SBR) e sílica ativa (SA). Realizou-se caracterização física e química dos materiais; triagem e tratamento dos resíduos para a conversão em reforço, e a sua caracterização; caracterização da matriz cimentícia no estado fresco e endurecido; avaliação das propriedades mecânicas e microestrutura dos compósitos sem reforço, reforçado com resíduo de vestuário sem tratamento, tratado por impregnação com SBR e com SBR + SA. Os tecidos sem impregnação e impregnados com SBR apresentaram, respectivamente, desempenho 22,69% e 13,48% mais satisfatório no sentido da urdidura, já os impregnados com SBR + SA obtiveram valores equivalentes nos dois sentidos do tecido. O elevado tamanho de partícula da CV, a resistência à compressão axial da matriz cimentícia inferior nos corpos de prova (CPs) com CV e o baixo consumo de CH verificado no ensaio de TG/DTG na pasta com CV, indicam a baixa reatividade da pozolana. Nos CPs sem CV, houve um incremento da resistência à tração direta de 53,57% e 64,28%, bem como de 92,10% e 94,73% na tração na flexão dos compósitos com reforço impregnado com SBR e SBR + SA, respectivamente, em relação aos sem reforço. Além disso, no ensaio de tração direta, o maior número de fissuras nos CPs em que o reforço recebeu SBR em relação ao sem impregnação, indicam o benefício do tratamento. As placas com maior tenacidade no ensaio de impacto, foram as com tecido impregnado com SBR + SA. Diante do estudo realizado, é possível afirmar que em função da CV ter sido empregada sem beneficiamento, não se observou benefícios no seu emprego nas condições da pesquisa. Por sua vez, os reforços contribuíram para o desempenho do compósito quanto às propriedades avaliadas, principalmente quando o reforço recebeu tratamento por impregnação.