O habitus dos gestores e a adoção de sistemas de informação : estudos de caso em cooperativas agroindustriais do Paraná

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Freitag, Viviane da Costa
Orientador(a): Hoppen, Norberto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis
Departamento: Escola de Gestão e Negócios
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/8859
Resumo: Esta tese tem como objetivo analisar como o habitus dos gestores influencia a adoção dos Sistemas de Informações (SIs). Defende o entendimento de que o habitus, composto pelos capitais dos agentes, explica a adoção ou não dos SIs em organizações. As teorias utilizadas para explicar a adoção de tecnologias e sistemas são omissas entre potencial de uso e uso e não esclarecem as situações de adoção obrigatória. O estudo está fundamentado na Teoria da Ação, que reza que o indivíduo é munido de um senso prático, o habitus, que conduz suas escolhas. Esse indivíduo, está inserido em um espaço social denominado campo, o qual, estrutura e é estruturado por ele. Na pesquisa qualitativa realizada conduziu-se a análise de modo interpretativista, sob o enfoque teórico e estruturalista construtivista proposto por Bourdieu e sistematizado por Thiry-Cherques, dividido em três etapas: teorização, investigação e crítica. A tese fez uso das estratégias de pesquisa de campo e estudo de caso. Coletou-se dados por meio de entrevistas, documentos e dados secundários. Os agentes selecionados compreendem 25 gestores, os quais atuam em níveis hierárquicos distintos em duas cooperativas agroindustriais localizadas na mesorregião Oeste do Paraná, detentoras de reconhecido capital simbólico e econômico. Os resultados indicaram que as condições de existência e consciência constituídas por etnia, família e religiosidade, bem como a trajetória percorrida na cooperativa e relacionamentos sociais no campo, são elementos formativos do capital social, concorrendo também para o desenvolvimento do habitus. O capital cultural adquirido pela trajetória percorrida por esses agentes na cooperativa os impele a fazer uso dos SIs. Esses gestores conhecem suas áreas de atuação e compreendem as necessidades requeridas por suas atividades, fazendo uso dos SIs para uma tomada de decisão fundamentada. Os agentes entendem processos e particularidades das cooperativas e se adaptam a fim de resolver problemas e apontar possíveis soluções. São detentores de um ethos de comprometimento, lealdade, honestidade e persistência, entre outros valores que conduzem ao alinhamento aos anseios das cooperativas. Concluiu-se que o habitus dos tomadores de decisão explicam a adoção dos SIs, uma vez que o senso que rege a prática desses agentes é formado pelo capital simbólico, criando uma relação estruturante e estruturada pelas cooperativas.