Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Nunes, Suzete Schneider |
Orientador(a): |
Moraes, Carlos Alberto Mendes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Vale do Rio dos Sinos
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil
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Departamento: |
Escola Politécnica
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/3172
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Resumo: |
A indústria de fundição utiliza quantidades elevadas de recursos naturais não renováveis, como a areia base de sílica (quartzo), gerando um montante considerável de resíduo a ser descartado. Parte dessa areia denominada de areia verde (AV) é inserida no processo de produção novamente, após um processo convencional de recuperação ou enviada como matéria-prima para outros setores, principalmente na construção civil. Outra parte denominada de areia fenólica usada de fundição (AFUF) segue para disposição em aterros industriais licenciados. A AFUF é classificada pela ABNT NBR 10004:2004 como Resíduo Classe I- Perigoso, devido à presença de formaldeído e fenol que conferem periculosidade ao resíduo. Estudos analisando áreas onde houve a disposição, e amostras desse resíduo demonstraram que os níveis de contaminantes não ultrapassam os limites exigidos pela legislação, surgindo assim um questionamento quanto à classificação do resíduo AFUF. O objetivo deste trabalho foi avaliar os impactos ambientais associados ao resíduo AFUF e verificar se existe uma correlação entre os compostos químicos encontrados na AFUF e os encontrados no solo, águas superficiais e subterrâneas, na área onde ocorre a disposição temporária do resíduo. A metodologia compreendeu a coleta de amostras de solos denominadas como Muro e Divisa, coletadas em locais que foram submetidos à disposição do resíduo e outra denominada de Referência, coletada em região menos impactada por atividade antrópica, que serviu como referência do solo local. Foram feitas coletas de amostras de água superficial a montante, a jusante e junto à saída de um cano que desemboca no arroio que passa dentro da propriedade da empresa. Foram coletadas amostras do resíduo AFUF geradas no processo de produção e água de poço artesiano. No material amostrado foram realizados ensaios físicos e químicos e caracterização ambiental para o resíduo AFUF. Também foram avaliadas as concentrações de Fenol, Formaldeído e Bisfenol A. A avaliação da recuperação da área foi baseada na Instrução Normativa nº 04/2011 do IBAMA para elaboração de PRAD (Projetos de Recuperação de Áreas Degradadas). As amostras do resíduo AFUF apresentaram parâmetros acima dos estabelecidos pela NBR 10006:2004 para fluoretos e fenol. O fenol não foi detectado nas amostras de solo e água. O IQA calculado para as amostras de água determinou como ruim os pontos Montante e Jusante e péssimo o ponto Cano. As amostras de solo apresentaram teores elevados de Al e Fe. No solubilizado da amostra de solo Divisa, o fluoreto ficou acima (3,8mg/L) do limite estipulado pela Norma que é de 1,5mg/L, sugerindo que para este parâmetro o resíduo possa estar contribuindo para o aumento deste composto no solo. Houve uma recuperação considerável na cobertura da vegetação, levando-se em conta o período de Agosto/2011 a Julho/2012. Essa constatação sugere que o programa escolhido de associar mais de uma técnica (barreira de contenção, plantio de mudas nativas e abandono de área) está resultando no efetivo retorno da cobertura vegetal nativa da área degradada. |