As ações de governamento empreendidas pela Universidade Estadual do Piauí na expansão da formação de professores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Carvalho, Rui Dglan dos Santos
Orientador(a): Lopes, Maura Corcini
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Escola de Humanidades
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/4632
Resumo: Esta pesquisa tratou das práticas de governamento que constituíram a obrigatoriedade da formação superior de professores que atuavam em escolas públicas no Piauí, mais especificamente, na região de Picos, durante o período de 1998 a 2006. Objetivou conhecer as ações do Estado que determinaram a formação de professores pela Universidade Estadual do Piauí, e quais os efeitos dessas ações, observados nas narrativas dos professores. Para tanto, foram analisadas políticas que determinaram a obrigatoriedade de tal formação, bem como seis entrevistas-narrativas com professores que fizeram a formação nos cursos de Período de Especial, ofertados pela Universidade Estadual do Piauí. Para o desenvolvimento das análises e da problematização do material de pesquisa, foi utilizado o conceito-ferramenta de inspiração foucaultiana de governamento. Concluiu-se que os professores, antes mesmo de entrarem no curso de formação, por determinação do Estado, já estavam convencidos da necessidade de tal formação. Discursos do campo educacional e discurso oficial já atuavam nas subjetividades docentes transformando a formação superior em uma necessidade para qualificar a formação no Ensino Fundamental, antes mesmo da Lei nº. 9394/96 exigir formação superior como requisito obrigatório para o exercício da docência. Também concluiu-se que entre os professores entrevistados, não ficou explícito nenhum tipo de resistência às exigências de formação, visto que estes já integravam os discursos educacionais e pedagógicos que definiam o que seria um bom professor. Mostrou-se que as práticas de governamento de Estado sobre os professores mostraram a sua eficiência justamente nas formas de os professores assumirem para si, como uma verdade inquestionável, a necessidade da formação. Isso mostra que as práticas de governamento só se configuram como verdades quando convencem sujeitos livres a agirem conforme o desejado, ou seja, quando o desejo do Estado passa a ser o desejo do sujeito.