Sinagogas do açúcar : a presença judaica no Cabo de Santo Agostinho (1630-54)
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de História Brasil UFRPE Programa de Pós-Graduação em História |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/4748 |
Resumo: | Este trabalho aborda a participação de judeus no comércio atlântico do açúcar, suas relações comerciais, políticas e culturais no Brasil, estabelecidas no período da dominação da Companhia das Índias Ocidentais (WIC), entre os anos de 1630 e 1654 na região litorânea do Nordeste do Brasil. Para isso, propomos inicialmente analisar a configuração da sociedade holandesa, da organização comercial e as transformações de infraestrutura social, comercial e ideológica que permitiram a formação de redes comerciais judaicas no período. A partir dessa sociedade, procuramos entender o judeu enquanto indivíduo que integrava redes econômicas, sociais, e culturais. Propomos mapear a presença de judeus nas elites locais no período da invasão da W.I.C., bem com o estabelecimento das redes políticas, comerciais, familiares e comunitárias, que permitiram a sociabilidade dos judeus em torno das cidades, de onde mantinham o domínio das zonas açucareiras, que possuíam uma dinâmica própria, contribuindo assim para o desenvolvimento da sociedade colonial e do comércio transatlântico. Para isso, restringimos nosso estudo precisamente à atual região do Cabo de Santo Agostinho, primeiro aporte da Companhia Holandesa, onde se fixaram no período, os primeiros senhores de engenhos, lavras, partidos e roças judaicas. Desse modo, procuramos entender a organização social proposta pela Companhia para a dominação da área em torno dos engenhos de cana, permitindo o estabelecimento de vivências judaicas no cotidiano do Istmo do Recife; e como esses indivíduos mantinham relações comerciais, onde dentro de cada família havia um modo de viver, permeado por relações de parentesco e comerciais. Como resultado dessa pesquisa, propomos analisar a fixação de Sinagogas no Recife, graças ao domínio dos engenhos e a venda de açúcar no mercado europeu por meio do comércio triangular. Desse modo, a partir do istmo do Recife, os judeus puderam estabelecer investimentos em terras, adequando o seu comportamento às exigências políticas e territoriais da época. Assim, foi possível a integração e consolidação desses indivíduos na sociedade da época, sem perda de sua identidade religiosa judaica. |