“Não é toda mulher que quer ser parteira não!”. O ensino da aprendiz de parteira como tradição e identidade da parteira indígena Pankararu
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural de Pernambuco
UFRPE - FUNDAJ Brasil UFRPE Programa de Pós-Graduação Associado em Educação, Culturas e Identidades |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8265 |
Resumo: | Esta pesquisa buscou compreender o processo de formação de parteiras indígenas Pankararu através da aprendiz de parteira por intermédio da identificação dos elementos constitutivos da tradição e da identidade subjacentes às vivências desenvolvidas e mediadas na relação pedagógica com as suas aprendizes. Parteira indígena é aquela que atende ao parto domiciliar (PD) na comunidade e assim é reconhecida. Ao longo de anos os Pankararu tem conservado a tradição do PD com a perpetuação desse saber entre as mulheres da aldeia. A busca de aprendizes para inserção no partejar é primordial pela idade avançada das parteiras e pela oportunidade outras formações remuneradas pelas mulheres jovens. Realizou-se um estudo de caso etnográfico na educação com parteiras indígenas Pankararu e aprendizes de parteira que possibilitou a observação da vivência prática e a rotina das parteiras na perspectiva de situações resposta (AMADO, 2017) para essa demanda em educação (ANDRÉ, 2005). A entrevista narrativa com roteiro, a observação do campo e, complementarmente, documentos oficiais, constituíram as múltiplas técnicas e instrumentos de dados do método etnográfico. As Pankararu utilizam a tradição do PD e os rituais no ensino indígena das aprendizes, ele reconhece, valoriza e se fundamenta em variadas dimensões, lógicas étnicas, simbólicas, coletivas, familiares e da mulher. Mesmo existindo segredos que não podem ser revelados em uma etnografia, como a aprendiz é escolhida, os elementos da tradição e da sua identidade, os cenários e situações de aprendizado, os saberes essenciais, como é dado o título de parteira e a relação com os cursos advindos de órgãos governamentais foram questões elucidadas na pesquisa. O PD em Pankararu vem se fortalecendo pelo posicionamento das parteiras de ter uma aprendiz mesmo fora de sua relação familiar direta. |