Nem tão doce infância: educação escolar para crianças na Usina de Açúcar Bom Jesus (Cabo de Santo Agostinho/PE - 1990)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: SILVA, Anderson Rafael Lima da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
UFRPE - FUNDAJ
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação Associado em Educação, Culturas e Identidades
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9008
Resumo: Localizada no Nordeste Brasileiro, Estado de Pernambuco, a cidade do Cabo de Santo Agostinho tem sua história marcada pela plantation de cana-de-açúcar. Uma relação iniciada com a instalação dos primeiros engenhos na região, permanecendo até a chegada das primeiras usinas de açúcar, marcando o processo de industrialização da produção açucareira em Pernambuco no século XIX. A Usina de Açúcar Bom Jesus se insere nesse contexto. No seu entorno, uma vila de operários foi estabelecida. Nela, crianças circulavam, brincavam, estudavam e eram exploradas no uso de sua mão-de-obra no corte da cana. O objetivo deste trabalho é analisar a construção de desigualdades dentro da desigualdade no cotidiano escolar das crianças que experenciaram sua infância naquele espaço durante a década de 1990, separados entre “Infâncias dentro da Escola” e “Infâncias fora da Escola”. O recorte temporal se justifica pela primeira década da aprovação do Estatuto da Criança e do Adolescente, última década da escola sob administração da usina, passando para o Estado em 1999, além de todas as mobilizações de organizações da sociedade civil na luta contra a exploração do trabalho de crianças e adolescentes na zona rural. Buscamos debater as questões relacionadas à escolarização e iniciação ao trabalho precoce a partir de narrativas orais, pesquisas relacionadas à exploração do trabalho infantil e arquivos do Jornal do Commercio. Os resultados obtidos nos mostram a construção de duas estratégias no território da Usina Bom Jesus, uma seria a “Educação para o trabalho” e outra “Trabalho sem Educação”, para as crianças e adolescentes que viviam na Usina Bom Jesus.