Formas de controle da espécie florística invasora Leucena leucocephala [Lam.] de Wit na Baia de Sueste, no Parque Nacional Marinho do Arquipélago Fernando de Noronha - PE (Brasil)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: ALVES, Natanael Batista Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Tecnologia Rural
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9175
Resumo: As ilhas cobrem cerca de 3% da superfície da Terra, apresentando características bióticas e abióticas particulares, como mecanismos ecossistêmicos de menor complexidade e elevada taxa de endemismo, que resulta numa alta vulnerabilidade ambiental. As espécies exóticas invasoras se beneficiam desta fragilidade, estabelecendo vantagem em relação às espécies nativas, dominando o meio a qual foi inserida com maior eficiência, causando danos significativos a biodiversidade local. Neste sentido, o Arquipélago Brasileiro de Fernando de Noronha apresenta um quadro de invasão pela Leucena leucocephala [Lam.] de Wit., leguminosa de alto potencial adaptativo, classificada entre as 100 espécies invasoras mais agressivas do planeta. Por esta razão, faz-se necessário a elaboração de estudos que visem elucidar as lacunas acadêmicas em torno desta problemática. Desta forma, este trabalho tem como objetivo auxiliar na melhoria da qualidade ambiental, por meio da identificação de formas de controle de espécie florística invasora L. leucocephala na restinga da Baia de Sueste, no Parque Nacional Marinho do Arquipélago Fernando de Noronha - PE (Brasil). Este estudo está ordenado em quatro capítulos: Capítulo 1 – Revisão sistemática integrativa bibliométrica e cientométrica, com o objetivo de mapear o desenvolvimento científico do controle de espécies florísticas invasoras em ambientes insulares, na escala temporal de 10 anos; Capítulo 2 – Avaliação da espécie nativa Erythrina velutina, submetendo à parâmetros pré-estabelecidos afim de classificar como bioindicador da qualidade ambiental e ferramenta de análise dos impactos ocasionados pela invasão da espécie exótica L. leucocephala; Capítulo 3 – Análise quantitativa da biodiversidade florística da restinga da Baía de Sueste, Fernando de Noronha – PE, com o intuito de compreender os mecanismos que facilitam as invasões e propagações de espécies exóticas invasoras; Capítulo 4 – Avaliação dos acordos internacionais e Políticas Públicas nacionais relacionadas ao controle de espécies invasoras como da L. leucocephala, tentando compreender como as leis ambientais brasileiras regulamentam esta questão, visto que esta espécie é uma das invasoras mais agressivas do mundo. Os resultados apontaram que existe uma preocupação global com a temática, expressa pelo aumento na quantidade de publicações, entretanto é evidente a necessidade de estudos que avaliem técnicas de controle. Já em relação a bioindicação, a Erythrina velutina foi classificada como bioindicador ótimo para ambientes invadidos pela L. leucocephala, demonstrando sensibilidade negativa aos efeitos da exótica. A aplicação dos índices de diversidade de Shannon-Weaver (H’) e o índice de Equidade de Pielou (J) revelou um elevado nível de dominância pela exótica na Baía de Sueste. No tocante a políticas públicas, faz-se necessária a criação de legislação mais abrangente, a fim de englobar desde espécies invasoras às que apresentem elevado potencial de invasão, de forma a viabilizar a tomada de decisão no sentido do estabelecimento de práticas de controle, monitoramento e combate das invasoras. Compreende-se que o estudo de invasoras deve ter lugar nas pesquisas científicas, para que se identifique maneiras de controle ou combate a tal impacto na biodiversidade local.