Ciclagem de nutrientes em fragmento de floresta ombrófila densa das terras baixas, na Zona da Mata de Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: MORAIS, Yasmim Yathiara Gomes Araújo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Ciência Florestal
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8957
Resumo: A Mata Atlântica, considerada a segunda maior floresta pluvial do continente americano, exerce importante papel para o equilíbrio ecológico, embora as ações antrópicas ocasionem a perda e fragmentação desse bioma. Em decorrência dessas elevadas ações antrópicas, a serapilheira e o escoamento pelo tronco advindo da precipitação pluviométrica se tornaram fontes essenciais de nutrientes ao ecossistema. Diante da carência de informações sobre essa temática objetivou-se, com este trabalho, avaliar a dinâmica da ciclagem de nutrientes por meio da biomassa foliar, aporte de serapilheira e escoamento pelo tronco em fragmento de Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas, na Zona da Mata de Pernambuco. A coleta dos dados foi realizada num fragmento florestal localizado em Sirinhaém, Pernambuco. Com base em levantamento fitossociológico realizado na área foram determinadas as nove espécies com maior densidade absoluta no fragmento. Foram selecionados três indivíduos de cada espécie e coletadas 25 folhas da parte intermediária da copa nos quatro pontos cardiais de cada indivíduo. A biomassa foliar de cada espécie foi determinada utilizando-se equações alométricas e os teores dos micronutrientes nas folhas foram determinados. Por fim, foi calculado o estoque de micronutrientes e a eficiência de utilização biológica das espécies florestais. A coleta da serapilheira foi realizada mensalmente durante um ano em três períodos distintos, sendo eles: úmido e frio; quente e seco; e, úmido e quente. Na serapilheira produzida foram determinados os teores e calculados os aportes dos micronutrientes. Assim, foi possível estimar a taxa de decomposição e o tempo médio de renovação dessa serapilheira. O escoamento pelo tronco foi quantificado mensalmente, no período chuvoso, subdividido em dois períodos: menos chuvoso e mais chuvoso, utilizando coletores fixados ao redor do tronco dos indivíduos arbóreos das espécies com maior densidade absoluta. As precipitações total e interna foram mensuradas utilizando pluviômetros instalados no interior e na borda do fragmento. A água do escoamento pelo tronco foi medida em mililitros; retirada uma alíquota, medido o pH e a condutividade elétrica e determinado o aporte de K, P e Na. Por meio da precipitação total e escoamento pelo tronco foi calculada a precipitação efetiva. As espécies florestais utilizaram os micronutrientes de forma distinta, favorecendo as interações interespecíficas e com o sítio que estão inclusas. As variações climáticas interferiram no aporte da serapilheira; no período seco e quente ocorreu maior deposição. A taxa de decomposição para os períodos úmidos foi em torno de 90%, indicando que nesses períodos há rápida decomposição e consequente disponibilização dos nutrientes contidos na serapilheira para o ecossistema. O escoamento pelo tronco das espécies florestais se diferenciou por espécie e teve pouca influência do período chuvoso, e mostrou-se importante via de entrada de nutrientes nos ecossistemas florestais, principalmente de K, participando efetivamente da ciclagem de nutrientes.