Crianças, infâncias e ONG´s: concepções presentes nas organizações não governamentais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: SILVA, Flávia Regina Costa da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
UFRPE - FUNDAJ
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação Associado em Educação, Culturas e Identidades
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9022
Resumo: O presente trabalho investigou as concepções de crianças e infâncias em documentos de duas organizações não governamentais brasileiras que realizam ações direcionadas a crianças e adolescentes que se encontram em situação de vulnerabilidade social e econômica. O aporte teórico foi embasado nos Novos Estudos Sociais das Infâncias que compreende a criança como sujeito de direitos e a infância como categoria estrutural da sociedade. A pesquisa parte também da observação de que, muitas vezes, a criança não é considerada como prioridade e tem sua infância invisibilizada. O caminho metodológico envolveu análise documental, a partir do levantamento e seleção de documentos, que norteiam e regulam os princípios e as ações institucionais das ONGs. A análise dos documentos revelou várias diferentes concepções de criança e de infância que coexistem na sociedade e que são definidas em suas relações com a família, a escola e outras instituições que para elas dirigem suas ações. Essas concepções também foram identificadas em normas jurídicas, pedagógicas, e nas ações direcionadas à criança das instituições investigadas. Como conclusão, o estudo identifica a influência dos marcos legais nas concepções de crianças e infâncias, evidencia que a condição social afeta as infâncias, aponta a presença de ações estratégicas direcionadas a revelar a criança e seu protagonismo, e sugere uma reflexão sobre a cultura adultocêntrica que, muitas vezes, coloca as crianças em uma condição inferior, diante das relações de poder, e, até, em uma condição de vulnerabilidade que, por outro lado, pode adultizar e impor responsabilidades, negando suas infâncias. Com isso, os resultados traduzem a importância dos estudos, debates e aprofundamentos sobre as crianças, de modo a refletimos o papel importante das crianças e as compreensões que levam o entendimento sobre suas diferentes infâncias.