Mancha de Alternaria em erva-doce: etiologia e controle químico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Marcelo Garcia de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Agronomia
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Fitopatologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9409
Resumo: A erva-doce, como é chamada as espécies de Foeniculum vulgare Mill. na região Nordeste do Brasil, é frequentemente atacada por fungos causadores de manchas foliares. Dentre eles, a Alternaria se destaca por promover a redução da área fotossintética das plantas. No Brasil, em se tratando de erva-doce, não há registro de quais espécies são associadas à mancha de Alternaria. Se pouco se sabe sobre as espécies causadoras, sabe-se menos ainda sobre os métodos de controle da doença. Deve-se levar em consideração que métodos de controle químico devem ser aplicados de forma controlada, visto que grande parte do cultivo de erva-doce tem como finalidade, no Brasil, o uso como condimento alimentar. Com esse estudo pretendeu-se identificar a incidência, bem como aspectos relacionados à epidemiologia da mancha foliar de plantas erva-doce provenientes de áreas produtoras dos estados da Paraíba e Pernambuco. Pretendeu-se estabelecer parâmetros para uso de moléculas químicas eficazes no controle da doença. Para isso foram efetuadas coletas de plantas sintomáticas de erva-doce para isolamento de Alternariaspp. As culturas fúngicas isoladas foram preservadas e depositadas na coleção de fungos fitopatogênicos da UFRPE. Para identificação de espécies, a nível molecular, e comparação de relações filogenéticas foram feitas: extrações de DNA dos isolados; reações em cadeia da polimerase (PCR) para amplificação das regiões gênicas (OPA 10-2, Alt a1, GAPDH, Endo PG); e sequenciamento das regiões amplificadas. Uma árvore filogenética foi obtida a partir de análise de máxima verossimilhança, permitindo identificar quatro espécies de Alternaria associadas a doenças da erva-doce, dentre elas A. alternata e A. jacinthicola. Posteriormente foi possível identificar, a partir de teste in vitro, quais moléculas químicas podem obter sucesso em reduzir o crescimento micelial do fungo e consequente mitigação dos efeitos da doença. Um dos isolados de A. alternata, com patogenicidade comprovada, foi testado para a reação aos fungicidas difenoconazol, flutriafol, procimidona e tiofanato-metílico, permitindo identificar que o difenoconazol tem ótimas perspectivas de sucesso no controle de Alternaria em plantios de erva-doce no Brasil.