Efeito do estanozolol sobre a fertilidade em ratas pré-púberes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: ELIAS, Laís de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Biociência Animal
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/4639
Resumo: O uso indiscriminado de esteróides anabolizantes androgênicos (EAA) vem fazendo parte da rotina de jovens e praticantes de atividade física, principalmente em academias ou centro de práticas esportivas. O que antes era restrito apenas para o público masculino, tem alcançado também o público feminino. Esse uso tem resultado em uma série de efeitos colaterais indesejáveis em mulheres adultas, no entanto, os efeitos fisiológicos do abuso destes por adolescentes do sexo feminino no início da puberdade são ainda desconhecidos, e não há estudo de que os possíveis efeitos possam ser permanentes afetando sua vida reprodutiva. Assim, a presente pesquisa analisou o efeito do estanozolol administrado em ratas prépúberes sobre a fertilidade através dos seguintes parâmetros: ciclicidade estral, abertura vaginal, hormônios sexuais, receptores de estrógenos, número de sítios de implantação, histologia ovariana e placentária, além do peso e angiogênese nesses órgãos. Foram utilizadas 20 ratas albinas, as quais foram submetidas aos seguintes tratamentos: ratas pré-púberes tratadas com óleo de gergelim (GI) e ratas prépúberes tratadas com estanozolol (GII), administrado em uma única injeção s.c. de 5mg/Kg em óleo de gergelim (1mL/kg) como veículo, no vigésimo primeiro dia após nascimento. Os resultados mostraram que o estanozolol mesmo administrado em dose muito baixa e numa única vez promoveu abertura vaginal precocemente, aumento significativo na frequência das fases de proestro e estro e declínio das fases de metaestro e diestro, elevação dos níveis estrogênicos e redução dos níveis progestagênicos, redução da expressão do receptor-α estrogênico nos ovários, redução do número de sítios de implantação, aumento do peso ovariano e placentário, além da maior expressão do VEGF placentário e ovariano. Assim, conclui-se que o estanozolol administrado antes da puberdade atua como um desregulador endócrino da reprodução em ratas.