Reciclagem dos rejeitos da atividade de mariscagem: uso na indústria de blocos pré-moldados de concreto

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: CUNHA, Ana Luíza Xavier
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco; Departamento de Tecnologia Rural; Brasil; UFRPE; Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental
• Palavras-chave em Português: Marisco; Conchas; Aproveitamento de resíduos; Concreto pré-moldado; Viabilidade econômica; Sustentabilidade; ENGENHARIA AGRICOLA::ENGENHARIA DE AGUA E SOLO
• Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9130

Em comunidades costeiras, a extração de recursos marinhos tem sido uma atividade rotineira, tendo passado de uma atividade equilibrada e aceitável, praticada principalmente como subsistência e, também, complementação de renda familiar, para outra de maiores dimensões de sobre-exploração predatória. Tanto o cultivo quanto a pesca extrativa de moluscos tem provocado impactos ambientais relacionados ao descarte inapropriado das conchas, as quais correspondem a 80% da constituição do marisco. Esta pesquisa, desenvolvida no município de Igarassu no estado de Pernambuco, objetiva avaliar o volume de descarte (rejeito) de conchas descartadas irregularmente pela atividade de mariscagem e seus impactos ambientais, o desempenho da substituição da areia e do cimento pela concha triturada e calcinada, realizando ensaio de resistência à compressão, absorção de água índice de vazios e massa especifica e a viabilidade econômica do aproveitamento das conchas de mariscos, como um dos componentes fundamentais para fabricação de blocos de cimento para alvenaria não estrutural e intertravados "paver" para pavimentação. Constatou-se a eficiência da substituição da areia por concha de marisco nas proporções de 10, 20 e 30% e dentro ainda dos limites estabelecidos à substituição do cimento por concha calcinada em 10%. A produção dos blocos, utilizando conchas, proporciona uma melhor condição de processamento das conchas descartadas, essa aplicação melhoraria a qualidade de vida, reduzindo a insalubridade do local e todos os impactos ambientais acarretados por essa atividade. Além disso, poderia proporcionar aos marisqueiros e seus familiares, outra atividade empreendedora: ser fabricantes de pré-moldados para uso na construção civil.