Competitividade da castanha-de-caju no mercado internacional : comparação entre Guiné-Bissau e Brasil no período 2001 - 2016

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: MENDONÇA, Lilian Aldina Pereira Mendonça e
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Administração
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Administração e Desenvolvimento Rural
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8451
Resumo: O trabalho analisa comparativamente a competitividade no mercado internacional de castanha-de-caju entre Guiné-Bissau e Brasil. Además, analisa-se o impacto e os obstáculos enfrentados com o agronegócio no mercado internacional com as exportações de castanha de caju nos anos 2001-2016. Foram calculados diversos indicadores, a fim de identificar o potencial para uma inserção competitiva da Guiné-Bissau no mercado internacional, indicadores estes que são índices de vantagens comparativas reveladas, índices vantagens comparativas reveladas simétricas, índices posição relativa do mercado, índice de comércio intra-industrial, índice de concentração de exportações por produto e por destino. Os indicadores foram calculados para o período 2001 a 2016. Os resultados mostraram que as exportações guineenses são concentradas relativamente em poucos produtos e destinos. Caracteriza-se o comércio exterior guineense como sendo basicamente do tipo inter-industrial. Guiné-Bissau apenas exporta esse produto, a percentagem do processamento só é suficiente para o consumo interno. A Guiné-Bissau apresenta um grau de especialização maior que a unidade, ou seja, tem vantagem comparativa sobre castanha de caju. Os resultados ainda mostram uma posição razoável no mercado, mas nos últimos anos teve um leve aumento de valores de PRM, que pode ser explicado pelo fato do país estar se inserindo no mercado vietnamita e brasileiro. Os resultados mostraram também que a comercialização é dada por fatores conjunturais e estruturais. As duas cadeias (castanha e o pseudofruto) apresentam grandes lacunas em diversos aspectos e estágios da cadeia comparando com o que ocorre no Brasil, e essas lacunas na sua maior parte se dão principalmente no processo produtivo da castanha. Assim, torna-se evidente que as duas cadeias são ineficientes. As pequenas e médias empresas ou fábricas trabalham em cooperação e têm uma unidade central de acabamento dos seus produtos e de lá exportam para mercado consumidor, não funcionam como um cluster, pois não estão localizados num local e sim como uma APL, já as grandes empresas trabalham de forma individual exportando direto sua produção. No que diz respeito à evolução do processo produtivo, Brasil assume posição de destaque em relação à Guiné-Bissau devido seguintes fatores: organização do setor, 100% de processamento da castanha-de-caju e pedúnculo, venda de amêndoa de castanha-de-caju, qualificação do produto, países de destino das suas exportações com maiores renda per capita, ressalta-se que embora o Brasil venha demonstrando quedas na sua produção, a sua base de pesquisa e desenvolvimento (Embrapa) tem apoiado a cajucultura nacional na eliminação dos obstáculos e perdas enfrentados durante a produção viabilizando o aproveitamento de 100% do produto.