Uso da técnica metabarcode para identificação de fungos e bactérias intestinais de Melipona scutellaris (Apidae: Meliponini)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: SOUSA, Dayana Rosalina de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Agronomia
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Entomologia Agrícola
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9224
Resumo: Membro da Tribo Meliponini, Melipona scutellaris é originalmente restrita ao nordeste brasileiro. Atualmente, é possível encontrar essa espécie sendo criada no sudeste e sul do país, isso devido principalmente à sua produtividade e qualidade do seu mel, e à translocação feita por criadores. É uma das abelhas mais criadas na Região Nordeste por pequenas famílias que comercializam o mel, saburá (pólen) e geoprópolis, e é uma importante polinizadora para a mata nativa e diversas culturas comerciais. Estudos direcionados à composição da microbiota de Meliponini são raros e ainda não permitem que possamos generalizar padrões de sua importância e influência nesses polinizadores. Bactérias e fungos comprovadamente desempenham papéis de grande relevância no seu sistema digestivo. Esses microrganismos atuam no processo de nutrição, ajudam no sistema imunológico combatendo patógenos, dentre outras funções que beneficiam as abelhas. Portanto, a caracterização de bactérias e fungos presentes no intestino de M. scutellaris abre um leque de informações a respeito da saúde, alimentação e adaptação dessas abelhas, podendo ser utilizado como modelo para outras espécies da tribo. Uma das ferramentas com melhor desempenho atualmente para caracterização de comunidade microbiana é a técnica “metabarcode”. Através do sequenciamento de regiões do gene 16S e ITS é possível identificar bactérias e fungos, respectivamente, em grande escala e conhecer a identidade dos microrganismos presentes no intestino das abelhas. Nesse trabalho descrevemos a microbiota dessa importante espécie e discutimos os impactos na saúde e manutenção colonial. O sistema digestivo de M. scutellarias foi dominado principalmente pelos gêneros bacterianos Lactobacillilus, Bifidobacterium, Floricoccus, Bombella, Pectinatus e Fruticobacillus e Snodgrassella e fúngicos Starmerella, Candida, Zygosaccharomyces, Malassezia, Lachancea, Aspergillus, Sterigmatomyces e Meyerozyma E apresentamos dados importantes a respeito da diferenciação na composição microbiana das abelhas das três ecorregiões coletadas.