Concentrações oscilantes de proteína bruta na dieta de ovinos
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Zootecnia Brasil UFRPE Programa de Pós-Graduação em Zootecnia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9057 |
Resumo: | Objetivou-se avaliar estratégias alimentares que visem o aumento na eficiência da utilização de nitrogênio, através de níveis oscilantes de proteína bruta na dieta de ovinos, de modo que permita o melhor aproveitamento do nitrogênio dietético. O consumo e digestibilidade de nutrientes, comportamento ingestivo, perfil ruminal, balanço de nitrogênio (N), síntese de proteína microbiana (SPM), e perfil metabólico foram avaliados através de dois experimentos realizados em Quadrado Latino 4 x 4. Oito ovinos mestiços foram utilizatos, sendo quatro fistulados (Experimento 1), machos e castrados com peso médio de 58 ± 5,6 kg (média ± DP) e quatro não fistulados machos não castrados (Experimento 2) com peso médio de 24,9 ± 1,3 kg. Os tratamentos foram compostos de uma dieta controle (CONTROLE), sem restrição temporal da proteína dietética; duas intensidades temporais de restrição proteica, o primeiro com variações de 24 horas e o segundo com 48 horas (T-24 e T-48, respectivamente) e por último o tratamento controle negativo (T-RESTRI) constituído de moderada (20%) restrição proteica durante todo o período experimental. De forma semelhante entre os experimentos, os consumos e as digestibilidades aparentes de matéria seca , matéria orgânica, nutrientes digestíveis totais, extrato etéreo, fibra em detergente neutro e carboidratos não fibrosos não diferiram (P > 0,05) entre as dietas. O consumo de proteína bruta (PB) diferiu entre os tratamentos, com as médias do TRESTRI menor que as dos demais tratamentos. No segundo experimento, a dieta T-48 resultou em digestibilidade da PB (g/kg) superior às dietas CONTROLE e T-RESTRI, enquanto a dieta T-24 demostrou-se intermediária entre o CONTROLE e T-48. As variáveis ruminais nitrogênio amoniacal (N-NH3), pH e produção total de ácido graxos voláteis (AGV) não apresentaram diferenças significativas (P > 0,05) entre as médias dos tratamentos. Entretanto, as concentrações médias dos constituintes do AGV resultantes dos tratamentos que adotaram a estratégia de oscilação proteica (T-24 e T- 48) apresentaram a produção de acetato maiores e a produções de propioanato inferiores comparadas às médias dos tratamentos CONTROLE e T-RESTRI. O consumo de nitrogênio, nitrogênio da urina, balanço de nitrogênio, nitrogênio absorvido, eficiência na utilização do nitrogênio, nitrogênio ureico, alantoina, xantina+hipoxantina, purinas excretadas e a produção de proteína microbiana diferiram (P < 0,05) entre as dietas, sendo inferiores no T-RESTRI em relação aos demais. Para os parâmetros séricos de Nureico, aminotransferases e proteínas, não foram observadas diferença (P > 0,05) entre os tratamentos. Os resultados mostram que o fornecimento proteico oscilante na dieta de ovinos não resulta em modificações no perfil ruminal, exceto para proporções dos diferentes constituintes dos AGV, especialmente o butirato, que aumenta, nos animais submetidos à tal estratégia alimentar, o que sinaliza maior aporte de nitrogênio endógeno no rúmen. Sob o do ponto e vista metabólico, pode-se inferir que a estratégia alimentar de concentrações oscilantes de PB não implica positivamente na maior retenção de nitrogênio para os ovinos, além de incorporar mais trabalho e complexidade ao manejo diário de alimentação de ovinos em terminação. Isto indica a necessidade de mais pesquisas nesta área para afirmar com maior precisão os efeitos do fornecimento oscilante de nitrogênio na dieta de ovinos. |