Comportamento e morfometria do caranguejo Goyazana castelnaui H. Milne-Edwards, 1853, (Brachyura, Trichodactylidae) no Sertão de Pernambuco, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: MENEZES, Anastácia Novaes de Carvalho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Unidade Acadêmica de Serra Talhada
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Conservação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8083
Resumo: O presente estudo teve por objetivo investigar os aspectos comportamentais e morfométricos de Goyazana castelnaui H. Milne-Edwards, 1853, com a finalidade de elaborar um repertório comportamental da espécie, descrevendo as atividades dos caranguejos em ambiente natural e em laboratório, bem como caracterizar a morfometria dos juvenis nos primeiros estágios de caranguejo, por meio de técnicas de morfometrica geométrica. Os espécimes foram observados no Rio Pajeú, no Município de Floresta, semiárido pernambucano, nos períodos entre junho de 2010 a maio de 2011 e março de 2015 a setembro de 2016 e cultivados 28 indivíduos (12♂ e 16♀) para o estudo comportamental na Unidade Acadêmica de Serra Talhada, Universidade Federal Rural de Pernambuco, entre março de 2015 e fevereiro de 2017. Os espécimes observados apresentam indícios de hábito notívago, comportamento críptico e desenvolvimento embrionário direto. Os pereiópodos quelados foram essenciais para a realização de diversas atividades como: defesa, construção de tocas, acasalamento e alimentação. Entretanto, na ausência de um ou mais quelípodos, os pereiópodos locomotores e maxilípedes compensavam a ausência do apêndice principalmente na captura do alimento. Os apêndices perdidos eram regenerados em mudas subsequentes, embora as fêmeas adultas demostraram menor potencialidade de regeneração. O pléon foi extremamente importante para o comportamento reprodutivo da espécie, pois nas fêmeas serviam de câmara incubatória e sinalizador de receptividade durante o cortejo. Para os machos foi utilizado para facilitar e manter o pléon da parceira aberto durante a cópula. A morfometria geométrica dos juvenis apresentou pouca variação na forma, em que a vista dorsal variou principalmente na região posterior e a anterolateral enquanto que a porção dorsal apresentou variações tanto nos esternitos torácicos quanto no pléon, não sendo possível a diferenciação entre machos e fêmeas.