Quais fatores que influenciam na aversão de estudantes a répteis?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: SILVA, Moacyr Xavier Gomes da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Biologia
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Etnobiologia e Conservação da Natureza
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9332
Resumo: Diversos fatores podem influenciar nas atitudes dos humanos frente aos animais, como crenças, sentimentos, cultura e conhecimento. O crescente processo de urbanização tem favorecido o distanciamento entre os seres humanos e a natureza, podendo aumentar a apatia, aversão e o desconhecimento sobre a vida selvagem. Neste sentido, o presente estudo objetivou investigar a aversão e atitudes não conservacionistas direcionada aos répteis, como também, avaliar experimentalmente o efeito de exposições práticas enquanto estratégia de atenuação de atitudes de aversão e não conservacionistas. Os dados foram obtidos através da aplicação de um questionário sobre a aversão e conservação de três répteis (quelônio, serpente e lagarto). Foram envolvidos nesta pesquisa um total de 133 estudantes, 72 do ensino básico e 61 do ensino superior. O questionário foi aplicado em dois momentos distintos, um antes da visita ao zoológico e outro após a visita, onde participaram todos os estudantes do ensino básico, os quais manipularam os animais, tendo contato direto com os mesmos. Cumprimos todos os requisitos éticos para a execução da pesquisa. Tanto as atitudes de aversão, como as atitudes relacionadas à conservação diferiram entre as três espécies de répteis avaliadas. Esse padrão não diferiu entre o sexo dos alunos, mas teve influência do grau de escolaridade e tipo de formação acadêmica (para estudantes do ensino superior). A serpente foi considerada o animal mais aversivo. Estudantes do ensino superior tiveram menor aversão ao quelônio e lagarto, comparados com estudantes do ensino básico. Estudantes de graduação em Ciências Biológicas tiveram menor aversão do que estudantes do curso superior de Matemática para os três animais. O manuseio dos animais contribuiu significativamente para a diminuição das atitudes de aversão e não conservacionistas. O hábito de visitar locais de exposições, manuseio e reconhecimento dos animais estiveram negativamente relacionados com a aversão. O medo esteve positivamente relacionado. Constatamos que a aversão aos répteis varia de acordo com o táxon, sendo a serpente o animal com maior antipatia dos estudantes. A escolaridade e o tipo de formação é um fator que contribui para redução da aversão registrada, evidenciando que o conhecimento sobre as espécies e sua importância é um aspecto importante no estabelecimento de medidas de conservação dos répteis, em especial quando a aquisição de informações sobre as espécies é associada a atividades práticas que inclui o contato com os animais.