Qualidade da silagem do algodoeiro arbóreo [Gossypium hirsutum L. r. marie-galante (Watt) Hutch.]

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: FIGUEIRA, Luiz Henrique Torres
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Unidade Acadêmica de Garanhuns
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal e Pastagens
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8429
Resumo: Existem várias espécies de plantas com potencial forrageiro na região Semiárida do Brasil, mas que geralmente não se conhece a composição química e o valor nutricional. Com isso, objetivou-se caracterizar a silagem da parte aérea do algodão arbóreo [Gossypium hirsutum L. r. marie-galante (Watt) Hutch.] quanto aos aspectos químico-bromatológicos, parâmetros qualitativos da ensilagem, fracionamento de carboidratos e compostos nitrogenados, digestibilidade in vitro da matéria seca e cinética de degradação ruminal utilizando metodologias in vitro. A área de cultivo desta forrageira é localizada na Fazenda Experimental da UFRPE / Unidade Acadêmica de Garanhuns. Para ensilagem o algodão arbóreo foi coletado quando atingiu uma altura de 50 centímetros (120 dias após um corte). Após a coleta, o material foi picado em máquina picadora de forragem para redução do tamanho de partícula. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado com arranjo fatorial 4x2, sendo os quatro tratamentos com cinco repetições cada. Duas formas do material foram ensiladas, sendo um material que não passou por pré-secagem, e um que passou por pré-secagem (4h). Cada forma de silagem recebeu quatro tratamentos, 1- sem aditivos (SA); 2- com inoculante bacteriano (CI); 3- com 2% milho moído (CMM) e 4- com inoculante bacteriano + 2% milho moído (CMM + I). O inoculante bacteriano utilizado foi cepas de Lactobacillus plantarum e Pediococcus pentosaceus (1g / tonelada de massa de forragem). E após 30 dias de ensilagem, o silo foi aberto. Realizaram-se análises químico-bromatológicas, parâmetros qualitativos da ensilagem, fracionamento de carboidrato e proteína, determinação da digestibilidade in vitro da matéria seca e cinética de fermentação ruminal através da técnica in vitro de produção de gases. Os teores de matéria seca da silagem pré-seca foram superiores ao da silagem in natura. Os teores de proteína bruta na silagem in natura foram superiores nos tratamentos sem aditivo e com inoculante. Na digestibilidade in vitro da matéria seca, tanto da silagem in natura, quanto na silagem pré-seca, os tratamentos com inoculante, com milho moído e com milho moído mais inoculante apresentaram os maiores valores. Todos os tratamentos da silagem pré-seca foram superiores em relação aos da silagem in natura para a variável nutrientes digestíveis totais. O volume total de gás observado foi maior no tratamento com milho moído da silagem pré-seca. Em decorrência do valor nutricional apresentado, independentemente da adição ou não de aditivos, a silagem do algodão arbóreo demostra potencial para ser utilizada na alimentação de ruminantes.