Espécies de Lasiodiplodia associadas à morte descendente da videira no Nordeste do Brasil e diversidade genética de Lasiodiplodia theobromae

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: RÊGO, Tamiris Joana dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Agronomia
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Fitopatologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/7834
Resumo: A morte descendente é uma doença causada por espécies de Botryosphaeriaceae e atualmente considerada uma das principais doenças do tronco da videira, responsável por sérios prejuízos à cultura, no Nordeste do Brasil e no mundo. Tendo em vista a importância crescente dessa doença e o grande número de patógenos envolvidos na infecção, incluindo Lasiodiplodia theobromae, um importante patógeno de culturas cultivadas e pós colheita, o presente trabalho teve como objetivos: (i) identificar espécies de Lasiodiplodia associadas à morte descendente da videira em áreas de clima tropical com verão seco e clima semiárido do Nordeste do Brasil, e (ii) conhecer a diversidade genética de Lasiodiplodia theobromae do Brasil e do México. Um total de 94 isolados de Lasiodiplodia foram identificados a partir de dados de sequências de DNA (tef1-α e ITS), sendo encontradas seis espécies: L. crassispora, L. euphorbicola, L. hormozganensis, L. iraniensis, L. pseudotheobromae e L. theobromae; e dois híbridos: L. xbrasiliense e xlaeliocatlelyae. L. theobromae e L. pseudotheobromae foram as espécies mais prevalentes neste estudo. Todas as espécies foram patogênicas a videira, com diferenças significativas na severidade da doença. As espécies L. hormozganensis, L. iraniensis e L. euphorbicola foram as mais agressivas e L. theobromae, L. pseudotheobromae e L. xbrasiliense foram as menos agressivas. O estudo de diversidade de 117 isolados de L. theobromae do Nordeste do Brasil (n=100) e México (n=17), usando marcadores de repetição simples (SSR) revelou baixa diversidade genética entre as populações e a existência de dois grupos genéticos. Todos os isolados mexicanos foram agrupados com isolados brasileiros, sugerindo um baixo nível de diferenciação entre essas populações. Além disso, nenhuma diferenciação populacional evidente baseada em hospedeiro ou clima foi observada para L. theobromae no Brasil. As populações estudadas eram em sua maioria clonais, mas estudos adicionais são necessários para entender melhor o modo de reprodução do patógeno. Como as populações de L. theobromae apresentam baixa diversidade no Nordeste do Brasil, é provável que o desenvolvimento de cultivares resistentes seja uma boa estratégia de manejo.