Biologia reprodutiva do cangulo-preto (Melichthys niger, Bloch, 1789) capturado no Arquipélago de São Pedro e São Paulo - Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: BRANCO, Ilka Siqueira Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Pesca e Aquicultura
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Recursos Pesqueiros e Aquicultura
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/6328
Resumo: cangulo-preto, Melichthys niger, é uma espécie da família Balistidae, a qual é constituída por 11 gêneros e 40 espécies. Possuindo uma coloração que vai do azul marinho ao preto, com reflexos verde-metálicos, pode chegar a até 50 cm de comprimento total, apresentando uma distribuição circumtropical. No presente trabalho foram examinados exemplares de cangulo-preto, obtidos a partir da pesca comercial no Arquipélago de São Pedro e São Paulo- ASPSP (00º55'02" N e 29º20'42"W), no período de janeiro de 2006 a maio de 2008. Logo após a captura, os espécimes foram identificados e mensurados, aferindo-se os seus comprimentos total (CT) e padrão (CP). Em seguida, todos os exemplares foram dissecados para permitir a coleta do aparelho reprodutor, os quais foram fixados em solução de formol a 10%, tendo sido, então, acondicionados em bombonas plásticas, até a sua chegada ao laboratório. No período do estudo, foram analisados 777 indivíduos, dos quais 367 eram fêmeas e 410 eram machos. As fêmeas variaram de 19,0 a 32,0 cm de comprimento total, e os machos de 21,0 a 37,4 cm. A partir de análises histológicas foi possível verificar que os ovários de M. niger são formados por lamelas ovígeras contendo ovócitos em diferentes graus de desenvolvimento. Foram identificados cinco diferentes estágios da ovogênese: células jovens, ovócitos pré-vitelogênicos (perinucleolares), ovócitos alvéolo-corticais, ovócitos vitelogênicos, e ovócitos maduros. Além das células germinativas foram também identificadas algumas estruturas somáticas compondo os ovários: parede ovariana, células foliculares e os vasos sanguíneos. A distribuição mensal dos estágios maturacionais, a partir das análises dos ovários, indicou uma maior freqüência de fêmeas maduras durante o primeiro semestre do ano no Arquipélago de São Pedro e São Paulo.