Biologia e exigências térmicas de Zagreus bimaculosus (Mulsant) (Coleoptera : Coccinellidae).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: CASTRO, Rosemary Maria de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Agronomia
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Entomologia Agrícola
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/6027
Resumo: A palma forrageira (Opuntia fícus-indica Mill) é uma das mais importantes bases de alimentação para ruminantes durante o período de estiagem no Semiárido nordestino. O principal problema enfrentado pelos produtores da cultura é a alta incidência de cochonilhas na cultura. No Brasil, as espécies predominantemente encontradas infestando a cultura são: Diaspis echinocacti (Bouché) (Hemiptera: Diaspididae) e Dactylopius opuntiae (Cockerell) (Hemiptera: Dactylopiidae), vulgarmente conhecida como cochonilha do carmim. Zagreus bimaculosus (Mulsant) (Coleoptera: Coccinelidae) é um predador nativo de D. echinocacti e, frequentemente tem sido encontrado em áreas infestadas com a cochonilha do carmim, o que tem despertado interesse em utilizá-la no controle dessa praga. Assim, este trabalho teve como objetivos comparar os aspectos biológicos de Z. bimaculosus criados em D. opuntiae e D. echinocacti e estudar a sua biologia nas temperaturas de 18, 22, 25, 28, 30, 32 e 34ºC. Os resultados de biologia comparada mostraram melhor desenvolvimento de Z. bimaculosus quando alimentados com D. opuntiae, apresentando valores médios do período ovo-adulto de 52,3 e 55,7 dias e valores de viabilidade de 60,6 e 60%, respectivamente, para indivíduos criados sobre D. opuntiae e D. echinocacti. O período de desenvolvimento de Z. bimaculosus foi reduzido com o aumento da temperatura entre 18 e 32°C. O período ovo-adulto variou de 27,9 a 84,7 dias de 32 e 18ºC, respectivamente, e apresentou viabilidade superior a 50% entre as temperaturas de 22 e 30°C. A temperatura base (Tb) e a constante térmica (K) requeridas por Z. bimaculosus criados em D. opuntiae foram de 12,9°C e 543,5 graus-dia, respectivamente. Baseado nessas exigências térmicas, Z. bimaculosus pode desenvolver até 8,6 gerações por ano na região Semiárida de Pernambuco.